sexta-feira, 28 de junho de 2013

Curso de Análise Transacional - Sabrina Patto (psicóloga)


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Curso de  Análise Transacional - módulo básico
Ferramentas para Comunicação, Resolução de Conflitos e Equilíbrio
Emocional.



Análise Transacional é uma teoria psicológica que trabalha de
forma objetiva:


  • padrões de pensamento e sentimento
  • eficácia nas comunicações,
  • motivação e reconhecimento,
  • solução de conflitos nas relações pessoais e profissionais,
  • objetivos e autonomia,
  • auto-conhecimento.

Público Alvo: Interessados em entender e aprimorar seus 
relacionamentos cotidianos.


Local e datas: R. Paulistânia, 661 - 06/07 e 10/08 das 9 às 14hs.


Investimento: R$ 500,00, inclui material de suporte e coffe break


Vagas limitadas. Informações e inscrições com Sabrina 9 9905-4990.


Sabrina dos Santos Patto - Psicóloga - CRP 06/58397-2.
Psicoterapeuta e Analista Transacional

JOVEM: Uma reflexão sobre “democracia participativa”

Uma reflexão sobre “democracia participativa”

Paulo Flores*

Uma das maiores reivindicações das pastorais e movimentos sociais atualmente é a implantação de mecanismos de “democracia participativa” no sistema político brasileiro. Ao mesmo tempo em que a participação popular é a melhor forma de se promover as necessárias mudanças na sociedade brasileira, é preocupante a possibilidade de serem instituídos alguns mecanismos com o objetivo de se “ampliar a democracia” sem que haja mudanças em outros. Corre-se o risco de se promover apenas alguns ajustes nos parafusos para que tudo continue funcionando da mesma forma que sempre funcionou.
O maior problema é que não há uma visão clara do que realmente seja a democracia, quanto mais a “versão participativa”.
Por isso, antes de iniciar o debate, é interessante contextualizá-lo e definir o que é “democracia participativa”.

Instituições desacreditadas
Não é de hoje que o povo não acredita mais nas instituições de poder, tanto no Legislativo quanto no Executivo e no Judiciário, em todas as esferas de atuação (municipal, estadual e federal).
Seja porque quase que diariamente são veiculadas reportagens que expõem falcatruas cometidas por “nossos representantes”, seja porque entra ano e sai ano e permanecem os problemas sociais. É certo que as estatísticas apontam uma significativa melhora nos últimos tempos, mas elas se mostram insuficientes para a solução dos problemas existentes.
Com as instituições de poder desacreditadas, cresce o desejo de se fazer as coisas com as próprias mãos. O povo não quer mais esperar para ver realizado o que precisa ser feito.
Isso pode se tornar o caos ou, caso seja de uma maneira organizada, uma democracia direta, que funcionou na Grécia antiga. Naquela época e ocasião, a sociedade era pequena e não existia o sufrágio universal. Atualmente, todos têm o direito ao voto e, mesmo se ele fosse limitado, a enormidade de pessoas que vivem nas cidades impediria qualquer tentativa de democracia direta. Aliás, o sistema de democracia representativa que temos hoje foi implantado justamente para sanar esse problema.
Com a crise de confiança nos representantes e a impossibilidade de uma democracia direta, busca-se uma alternativa na qual o povo possa participar mais ativamente das decisões, o que está sendo chamado de “democracia participativa”.

Reforma política
Se não é de hoje que a chamada “classe política” brasileira sofre com a falta de credibilidade, por que somente agora ganha corpo o debate sobre a “democracia participativa”? Na verdade, as pastorais e movimentos sociais tentam “encaixar” esse tema para o debate social há bastante tempo. Tanto é que, por pressão social, a Constituição Federal de 1988 permite a realização de plebiscitos, referendos e a apresentação de projetos populares. Mas, para a população de uma forma geral esse é um tema totalmente desconhecido.
A visibilidade do tema aumentou apenas porque está em discussão no Congresso Nacional uma proposta de Reforma Política. Mas, tanto a imprensa quanto a grande parte de “nossos representantes” limitam o debate apenas à reforma do processo eleitoral. A impressão é que querem fazer uma reforma apenas de fachada. Maquiar a “coisa” que está aí para que ela fique mais “bonitinha” e o povo não perceba que tudo está como antes, se revolte contra “seus representantes” e tome o poder definitivamente. Ou seja, a ideia é promover ajustes para manterem-se no poder.
Para as pastorais e movimentos sociais o debate se insere em um projeto de democratização do Estado, tanto na definição das diretrizes de governo quanto na orçamentária. Mas, também neste campo, o que mais se ouve falar é da proposta de se regulamentar os mecanismos de democracia participativa previstos no artigo 14 da Constituição Federal: o plebiscito, o referendo e os projetos de iniciativa popular. Querem aproveitar o momento para garantir que a Lei revalide e amplie o uso destes mecanismos.
Mas, será que isso é suficiente para termos uma “democracia participativa” no Brasil? Será que devemos limitar nossas reivindicações à institucionalização destes mecanismos?

“A gente quer inteiro e não pela metade”
Se analisarmos com cuidado, veremos que a democracia deve garantir amplamente a participação popular. De acordo com Jean-Jacques Rousseau, o povo é soberano e apenas delega o poder aos seus representantes por meio de um “contrato social”, sendo o Estado o poder executivo da vontade do povo. Ou seja, por definição, na democracia (mesmo sem o “participativa”) é o povo quem tem a soberania. O povo não apenas “participa”, ele tem o poder. Ou seja, a democracia é participativa por natureza.
Mas, no mundo em que vivemos, não é o povo que tem o poder, é o dinheiro. Ele sucumbe governos, Estados e o próprio povo. Neste tipo de sociedade, tudo e todos são corrompidos pelo dinheiro. É por isso que Karl Marx e Friedrich Engels afirmam que o Estado, no capitalismo, é o “balcão da burguesia”.
Apesar de os meios de comunicação e até mesmo grandes teóricos afirmarem que no mundo capitalista impera a democracia, sabemos que o povo não tem a soberania. Então, não existe a democracia nestas sociedades.
Acrescentar um “participativa” logo após a palavra democracia e instituir mecanismos que supostamente ampliariam a participação popular nas decisões, não traz, por si só, o poder para as mãos do povo. O povo não será soberano. O dinheiro não perderá seu poder.
O que me parece é que o termo “democracia participativa” faz parte da maquiagem que querem fazer neste “negócio” que está aí para torná-lo mais palatável. Para mim, o que povo tem que exigir é simplesmente democracia.
Não podemos nos deixar enganar. Precisamos mostrar que não existe democracia onde uns poucos têm tudo e muitos não têm nada, onde o povo não tem a soberania, onde o dinheiro fala mais alto do que vidas, do que a fraternidade e a igualdade de direitos.

Massa de manobra
OK. Mas, temos que começar a virar a mesa. O começo é instituir os plebiscitos e referendos populares? Para dizer a verdade, existem dúvidas se essa é a alternativa mais viável ou se apenas querem que pensemos que seja.
Numa determinada faculdade, havia um professor de filosofia que deixava toda a turma atônita ao perguntar aos seus alunos: “O que vocês pensam é realmente o que vocês pensam?”. O que ele queria mostrar é que nossos pensamentos são influenciados por uma espécie de “inconsciente coletivo”; pela opinião pública. Será que estamos sendo influenciados a pensar que a solução é simplesmente acrescentar o termo “participativa” à palavra democracia?
Diversos teóricos já nos alertaram sobre a grande influência que os meios de comunicação social exercem sobre nossos pensamentos. Segundo a teoria da agulha hipodérmica, os meios de comunicação social têm um poder tão grande que conseguem determinar o pensamento, o consumo e até mesmo as ações da sociedade. As pessoas viram “massa de manobra”.
Posteriormente, viu-se que os teóricos que tinham formulado esse pensamento haviam desconsiderado as relações interpessoais do público atingido pelos meios de comunicação e que tais relações reduziam a influência exercida. Mas, com o “esfacelamento” da família, da Igreja, dos partidos políticos, das escolas e de tantas outras instituições que compunham a rede de relações sociais das pessoas, esse poder ainda continua reduzido?
O que parece, é que, com a crise das instituições as pessoas estão sem rumo, foram realmente transformadas em massa, em multidão que precisa ser conduzida. Ou seja, não somos o “homem perfeito” idealizado pelo apóstolo Paulo na carta aos Efésios (Ef 4, 14). Ao contrário, parece que somos jogados de um lado para o outro por qualquer vento de doutrina. Somos induzidos ao erro. Como uma manada, somos conduzidos ao abatedouro.
Em A psicologia das multidões, Gustave Le Bon afirma que a multidão é influenciável, impulsiva, móvel, seduzida por sentimentos simples e exagerados, tem a moral degradada e é intolerante e autoritária.
José Ortega Y Gasset, em La révolte des masses, diz que o homem-massa é um indivíduo abrutalhado, violento, promotor do esgarçamento social. Este indivíduo-massa, estimulado pelos meios de comunicação, pode fazer surgir a barbárie.

Pensamento alheio
Em termos de condução dos pensamentos, sabemos que a mídia é craque. Outra corrente teórica, diz que os meios de comunicação induzem o pensamento das pessoas por meio do agendamento dos temas colocados em pauta e por eles defendidos. Sempre reafirmando, de tempos em tempos, essa defesa. Em compensação, os pensamentos contrários ficam relegados a uma “espiral do silêncio”. Não são sequer mencionados, caem no ostracismo. Sem contraposição, os temas defendidos pela mídia se transformam em “verdade”, em “opinião pública”.
Apenas a título de ilustração, lembremos do que ocorreu com a Escola Base. Uma mãe deu queixa na polícia e procurou a imprensa dizendo que sua filha havia sido violentada na escola. Por dois meses toda a imprensa achincalhou proprietários, educadores e demais funcionários da escola. Pressionou o delegado responsável pelo caso, “apurou” os fatos, “julgou” os envolvidos, “condenou-os” como culpados e, “com o apoio da opinião pública”, executou a sentença. Acabou não apenas com a escola, mas com a vida de todos aqueles que considerou serem culpados. Passados os dois meses, as verdadeiras provas comprovaram a inocência de todos, frise-se, todos aqueles que a imprensa havia sentenciado como culpados. Ressalte-se que tudo o que foi feito com a Escola Base, supostamente tinha apoio social.
Para não ficar apenas neste caso emblemático, vamos lembrar também do garoto que ficou com o pé preso pelo cinto de segurança e foi arrastado por quilômetros por assaltantes que haviam acabado de roubar o carro de sua mãe. Todos se lembram desse caso e sabem da comoção criada na sociedade.
Agora, vamos imaginar a realização de um plebiscito sobre a pena de morte logo depois que a mídia “martelou” essas “informações” na cabeça das pessoas. Qual seria o resultado do plebiscito? E um plebiscito sobre o MST depois das imagens do trator derrubando os pés de laranja?

Democracia de verdade
Por isso, mais do que criar mecanismos que ampliem a participação popular nas decisões políticas e econômicas do país, sem querer dar receita de bolo, é preciso que as pastorais e movimentos sociais:
1) Denunciem a ditadura do capital. Mostrem que não vivemos em uma democracia (sistema no qual o poder deve pertencer ao povo);
2) Participem, divulguem e consolidem o poder dos conselhos de saúde, de educação, de juventude e de todos os demais conselhos existentes, exijam a criação de novos conselhos específicos e que estes conselhos tenham poder deliberativo, não apenas consultivo;
3) Participem das instâncias de decisão sobre a aplicação dos recursos públicos, como as reuniões do orçamento participativo (nos locais onde existem tais mecanismos), as sessões das câmaras municipais e assembleias legislativas que debatem o orçamento público, realizem reuniões com os representantes públicos (políticos) para tratar do orçamento e exigir que o povo delibere sobre o total arrecadado, não apenas sobre as sobras de recursos após a retirada dos valores a serem destinados ao pagamento do capital financeiro;
4) Lutem por uma educação de qualidade, que dê capacidade de os estudantes refletirem antes de decidir entre várias alternativas nas mais diversas situações que a vida lhes impõe; por atendimento de saúde universal e com a mesma qualidade para todos os brasileiros; para o cumprimento da Constituição Federal, principalmente ao que se refere aos direitos sociais;
5) Exijam a democratização dos meios de comunicação e a regulamentação do setor, para diminuir o poder de manipulação, de influência que eles têm sobre a sociedade e para estabelecer punições àqueles que utilizem os meios de comunicação para, propositalmente, difamar e caluniar sem apresentar provas, ou que venham a manipular provas, assim como para aqueles que descumprem o que estabelecem as regras de concessão para produção e retransmissão de programas de rádio e TV. Acima de tudo, não deixem se levar pelo discurso que regulamentar a imprensa a imprensa é estabelecer censura. Regular a imprensa é contribuir com a consolidação da democracia; é impedir que ela censure aquilo e aqueles que dela discordem; é favorecer o direito à informação bem apurada e verdadeira, com a concessão do mesmo espaço para todos os lados envolvidos nos fatos;
6) Por fim, mantenham sua autonomia perante aos partidos políticos e a governos; busquem, sempre, se organizar e se articular melhor e dar possibilidades para que seus membros sejam educados na luta e para a luta social, por meio de cursos e seminários de formação, mas também da ação social. Os militantes podem ser filiados aos partidos, mas as pastorais e movimentos sociais têm que manter suas autonomias.
Somente assim todo brasileiro terá possibilidade de participar plena e igualmente da sociedade. Aí vai haver democracia. Caso contrário, mesmo com novos mecanismos de “participação” continuaremos com nossa vida de gado em nossa “democracia participativa”.



* Paulo Flores é jornalista, com especialização em Marketing Político e Propaganda Eleitoral pela ECA-USP, membro do Instituto Paulista de Juventude e da Equipe de Teologia e Formação do Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

ACESSIBILIDADE - INCRÍVEL !

Cadeirante se revolta e constrói rampa de acesso em órgão público de MT



Por  | Vi na Internet – qua, 26 de jun de 2013

A indignação contra a falta de acessibilidade nas repartições públicas de Juína, a 737 quilômetros da capital Cuiabá, levou o deficiente físico Samuel de Oliveira, 41 anos, a construir uma rampa de acesso ao prédio da Secretaria de Saúde da cidade mato-grossense.
Equipado com um balde de massa de cimento, madeiras e pedras, o homem chegou na entrada da secretaria na tarde dessa segunda-feira (24) e realizou a obra para permitir o acesso de cadeirantes e outros deficientes físicos ao edifício.
Oliveira disse estar cansado de esperar pelo poder público e por isso resolveu fazer a obra com as próprias mãos: “Não aguento mais passar por isso e estou cansado de esperar pelo poder público. Por isso tomei a iniciativa e não quero mais esperar”, disse ele em entrevista ao portal de notícias G1.
Morador de Juína há 31 anos, Oliveira ficou paraplégico em 2006 após tomar um tiro na coluna. Ele encontra dificuldade de acesso aos prédios públicos locais por falta de rampas. Ele vai constantemente à secretaria de Saúde para buscar documentos e assim realizar tratamento médico em Brasília (DF).
Por causa da falta de rampas, o atendimento feito no posto de saúde do bairo é precário: “Somos atendidos pelos médicos do lado de fora, na rua, porque não têm rampa de acesso. É muita humilhação não sermos tratados como pessoas comuns”, desabafou.
Hermes Bergamim, prefeito da cidade, disse estar tomando providências sobre a acessibilidade em Juína e pediu desculpas ao morador pelos constrangimentos: “Estamos colocando a casa em ordem nesses seis meses de gestão. Peço desculpas a todos os deficientes físicos e vamos tomar as devidas providências para que isso não ocorra mais”, afirmou.

JMJ - VACINAÇÃO !






IMPORTANTE  !!!!




ATENÇÃO PEREGRINOS DA JMJ


A Secretaria de Saúde entrou em contato com as dioceses e orientou referente as vacinas que devem ser tomadas para a ida ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude!
galera dicas básicas:

- Leve a carteirinha de vacina ao posto de sáude mais próximo da sua residência;
- AMA não tem vacina;
- Se apresente como peregrino ou voluntário da JMJ;
- Quem não tem carteirinha é como se não estivesse vacinado, portanto tomará todas
- Vacinas que serão tomadas:

Hepatite (se não tiver tomado nenhuma dose)
Sarampo
Gripe
Febre Amarela (se não tiver tomado)
Tétano (se estiver atrasada)

Lembrando que todos devem tomar as vacinas e portar a carteirinha durante a peregrinação no Rio.
Se alguém tiver alguma dificuldade nos avise, e outra PRAZO PARA TOMAR AS VACINAS ATÉ DEZ (10) dias Antes de viajar, caso tomem na semana da viagem a mesma será inválida porque vc não estará imune.

Atente-se Juventude!
É A SECRETARIA DA SAÚDE PREOCUPADA COM OS SURTOS DE VÍRUS NOS PAÍSES QUE ESTARÃO NO BRASIL PARA A JMJ.


Temos que nos cuidar né Galera  !!!


(Fonte: JUMIRE - facebook).




quarta-feira, 26 de junho de 2013

"Criança precisa de limites. Mas não o limite da pancada", diz relatora da "Lei da Palmada"

"Criança precisa de limites. Mas não o limite da pancada", diz relatora da "Lei da Palmada"

ÉPOCA conversou com a deputada Teresa Surita (PMDB-RR), relatora do projeto que ficou conhecido como "Lei da Palmada". Segundo ela, a proposta não interfere na educação das famílias, mas ensina os pais a educar sem o uso de castigos físicos

BRUNO CALIXTO

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A deputada Teresa Surita (PMDB-RR), relatora da "Lei da Palmada" (Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação)
Tão logo foi aprovado, o projeto de lei que proíbe o uso de castigos físicos na educação das crianças começou a causar polêmica. Apelidado de "Lei da Palmada", o projeto foi questionado por parecer uma interferência do Estado na forma como os pais criam seus filhos. Mas para a deputada Teresa Surita (PMDB-RR), relatora do texto na Câmara, essa imagem é uma distorção do que o projeto realmente trata.
O projeto, de autoria do Executivo, foi enviado ao Congresso durante o governo Lula, e atende a um compromisso firmado pelo Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), de mudar a sua legislação para adequá-la às posições do Comitê de Direitos Humanos para crianças e adolescentes da ONU. Segundo a deputada, mais de 30 países já mudaram suas legislações.
De acordo com a relatora, o objetivo da lei não é punir pais que usam da palmada para disciplinar os filhos, mas educar para evitar casos em que a violência doméstica se torna extrema. "A violência doméstica é a segunda maior causa de mortes de crianças, só perde para os acidentes de trânsito. É um problema de saúde pública", diz Teresa.
O projeto foi aprovado na última quarta-feira (14), e segue para o Senado. A polêmica começou após a aprovação, quando a notícia chegou aos jornais. Segundo a deputada, parte da polêmica se deve à falta de informação sobre o que o projeto realmente significa, inclusive pelo nome que o texto ficou conhecido. "A palmada não é o objetivo do projeto. Nosso objetivo é atingir casos extremos. Mas muitos desses casos de violência começam com a palmada, então essa é uma forma de educar a sociedade".
A deputada também refuta a tese de que a lei vai proibir pais de impor limites aos seus filhos. "A criança precisa de limites. Mas esse limite não é o da pancada, o da violência", afirma. Segundo a relatora, usar violência para educar os filhos é que torna os jovens violentos, e ela cita um estudo da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) que mostra que 70% dos jovens que praticam bullying nas escolas sofreram algum tipo de castigo físico na infância.
Como funcionará a lei 
Se aprovada pelos senadores e sancionada pela presidente da República, a lei vai prever campanha permanenente de educação e esclarecimento, para ensinar pais a educar e impor limites sem o uso de castigos físicos.
Teresa Surita faz um paralelo com a questão do tabagismo. Como no caso do cigarro, o Estado não está se intrometendo no direito do cidadão fumar, mas está obrigado a fazer campanhas mostrando os riscos. "Nosso caso é parecido: o Estado fica obrigado a informar que é possível educar sem o uso de violência. Se o pai quer educar usando dor, vai fazer isso consciente do risco. O que queremos é uma mudança cultural, mostrar que é possível educar sem bater", explica.
O projeto não prevê punição a pais que usarem castigos físicos. Mas em situações mais graves, como no caso de crianças que são encaminhadas para pronto-socorro por violência doméstica, a lei prevê que a criança e os pais sejam encaminhados para orientação psicológica. "Ninguém vai mandar pai para psicólogo por causa de palmada. Agora, quando vemos casos de crianças que são encaminhadas duas, três vezes para hospitais por castigos, precisamos agir para proteger essa criança".
Outro dispositivo da lei prevê que profissionais das áreas de educação e saúde devem denunciar casos de maus tratos que tiverem conhecimento. Essa medida já consta no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas a lei a torna mais abrangente, e o texto prevê multa para os profissionais que não denunciarem.
Questionamentos e acordos com a bancada evangélica 
Para conseguir aprovar o projeto, a deputada teve que enfrentar antes uma resistência da bancada evangélica. Pastores e deputados ligados a grupos cristãos temiam que a lei fosse uma interferência do Estado na educação das famílias. Além disso, um trecho do Antigo Testamento defende o uso da vara, e o versículo é usado como exemplo por alguns grupos religiosos.
"Fiz uma reunião com o PMDB e a bancada evangélica, e expliquei o texto. Quando eles entenderam a proposta, não só concordaram como sugeriram mudanças para aprimorar o texto", diz Teresa. Uma das mudanças foi trocar a expressão "castigo corporal" por "castigo físico". Isso porque, segundo os deputados, colocar uma criança de castigo poderia ser interpretado como "castigo corporal". O termo "castigo físico" seria mais preciso, delimitando o uso de violência.
Após a reunião, a bancada evangélica na Câmara passou a apoiar ao texto, o que permitiu ser aprovado sem passar no Plenário. Apesar disso, um importante líder evangélico, o pastor Silas Malafaia, fez duras críticas à lei. Malafaia disse que a lei é uma “palhaçada”, e que vai mobilizar os senadores para vetar a proposta. Como se vê, o debate ainda não acabou.

terça-feira, 25 de junho de 2013

OAB, CNBB e outras entidades fazem ato por reforma política e criticam PM
24/06/2013 12h13
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
No embalo das manifestações por todo o país, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos no Brasil) e outras dezenas de entidades se reuniram nesta segunda-feira (24) para dar "vazão institucional" aos protestos e lançaram um projeto de lei de iniciativa popular com uma nova reforma política, por "eleições limpas".
"Sem a participação popular e pressão da opinião pública, o Congresso não aprova as reformas necessárias", disse o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado.
No ato, o presidente da OAB defendeu a desmilitarização da polícia e criticou a atuação dos agentes de segurança nas últimas manifestações. Em Brasília, por exemplo, a Polícia Militar impediu que os manifestantes chegassem à Praça dos Três Poderes, ponto tradicional de reivindicações populares.
"Não se faz segurança pública tratando manifestante como delinquente, afugentando e demarcando até onde pode ir", disse o presidente da OAB.
ELEIÇÕES LIMPAS
As entidades apresentaram diversas propostas, que deverão se tornar projetos de lei de iniciativa popular. Antes de o projeto tramitar no Congresso, porém, é necessário recolher assinaturas de 1% do eleitorado (pouco mais de 1 milhão).
O modelo é semelhante ao da Lei da Ficha Limpa. O projeto de reforma política, assim como a Ficha Limpa, foi elaborado pelo MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral). Agora, segundo as entidades, a campanha será por "eleições limpas".
"Partimos do pressuposto que o sistema eleitoral não serve mais para o Brasil. O sistema atual desrespeita a sociedade. Vamos propor a extinção da doação por parte de empresas. Empresa não exerce a cidadania, tem por finalidade o lucro e infelizmente tem sido esse propósito nas eleições", disse o juiz Marlon Reis, do MCCE.
A pauta de reivindicações inclui ainda mais dinheiro para saúde e educação, controle de gastos da Copa do Mundo e das planilhas das tarifas de ônibus, além de uma espécie de "Procon do serviço público".
Veja a íntegra da pauta defendida que será apresentada à presidente Dilma Rousseff e ao Congresso:
1. Projeto de lei de iniciativa popular com uma reforma política que ataque a corrupção eleitoral, assegure a ampla liberdade de expressão na Internet, além de estimular a criação de comitês de controle social de gastos públicos, inclusive os relativos à Copa do Mundo e sobre planilhas de transporte coletivo.
2. Ampliar investimento em, saúde e educação, com 10% do Orçamento Geral da União e do PIB, respectivamente.
3. Criação, urgente, de um Código de Defesa dos Usuários de Serviços Públicos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Manifestações pelo Brasil !


cnbbAo final do Conselho Permanente, bispos afirmam que 

“As manifestações destes dias mostram que os brasileiros não estão dormindo em ‘berço esplêndido’”.
Sex, 21 de Junho de 2013 15:37 por: cnbb
 
 
 
 
 
Terminou nesta sexta-feira, dia 21 de junho, o encontro do Conselho Permanente da CNBB - instância que reúne a presidência, os presidentes das comissões episcopais pastorais e os conselhos regionais. No início da tarde de hoje, o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e o secretário geral, dom Leonardo Steiner, realizaram um balanço do evento durante coletiva de imprensa.
 
O cardeal relatou que os bispos fizeram uma avaliação da última Assembleia Geral da CNBB, e definiram que o tema “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, será novamente o tema do encontro dos bispos de 2014. “Escolhemos também como um tema prioritário, isto é, tema que será apresentado para o início uma reflexão, a questão dos Leigos na Igreja”, explicou.
 
Reforma política e Código PenalCnbb1
 
No campo social, o Conselho Permanente também abordou a questão da Reforma Política, já que a CNBB tem uma comissão especial que acompanha o processo de discussão deste assunto. “Em 2011, nós nos pronunciamos sobre esse tema e dizíamos que a Reforma Política é uma urgência inadiável em nosso país. Se feita de forma a ultrapassar os limites de uma simples reforma eleitoral, ela se torna um caminho seguro para coibir a corrupção e sua abominável impunidade, que corroem instituições do Estado brasileiro e a vida do povo, explicou dom Damasceno.
 
Sobre a reforma do Código Penal, o cardeal revelou que os bispos ouviram especialistas na área jurídica e que todos se empenharam em participar do aprofundamento dos principais temas do código. “Esse é um assunto de grande relevância para nós, ainda que o Congresso Nacional não tenha colocado, com clareza, a colocação entre suas prioridades atuais. Uma comissão especial nomeada pela presidência da CNBB, composta por juristas católicos de reconhecida competência, tem acompanhado todo o processo de discussão a reforma do Código Penal e oferecido ao episcopado informações substantivas sobre o rumo que as coisas estão tomando. Renovamos nosso compromisso de participar e colaborar com uma reforma que garanta a justiça e a defesa da vida”.
 
Saúde
 
Durante o Conselho Permanente, os bispos debateram a atuação da CNBB junto ao Movimento “Saúde+10” – que luta pela apresentação de um Projeto de lei de Iniciativa Popular que venha garantir o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública brasileira. Os bispos aprovaram a pauta de prosseguimento da posição da CNBB dentro do movimento: 8 de julho, um ato púbico no qual vai se fazer a entrega da minuta de Projeto de Lei de iniciativa popular; Dia 10 de julho, seria o dia forte da coleta das assinaturas nas comunidades católicas; Até o final de julho, as entidades envolvidas com a elaboração do Projeto de Lei concluiria o trabalho; No 5 de agosto, entrega ao Congresso Nacional.
 
Manifestações
 
Em relação às manifestações populares realizadas em todo o Brasil, a CNBB se pronunciou hoje por meio de nota oficial, que foi apresentada pelo secretário geral, dom Leonardo. No texto, os bispos declaram sua “solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos”.
 
Em relação aos atos de vandalismo, a CNBB avalia que “nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito”.
 
Por fim, os bispos desejam que “estas manifestações fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de novos tempos para todos”.
 
 
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Pastoral Fé e Política
Arquidiocese de São Paulo
A partir de Jesus Cristo em busca do bem comum
 

sábado, 22 de junho de 2013

Aos jovens da Arquidiocese de São Paulo



Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
               Arcebispo de São Paulo


São Paulo, 22.06.2013
Aos jovens
da Arquidiocese de São Paulo

Queridos jovens:
Aproxima-se o momento longamente esperado e preparado com ardor. Daqui a um mês estaremos iniciando a Jornada Mundial da Juventude e o papa Francisco já estará no Brasil, como peregrino da JMJ Rio-2013. Com ele, tantos de vocês também estarão peregrinando para o Rio de Janeiro, aos pés do Cristo Redentor. Eu também estarei lá, com vocês.
A JMJ será uma experiência inesquecível, um momento forte de fé, cultura e vida eclesial. Haverá jovens de numerosos países, povos, raças, culturas e costumes diversos; falarão línguas incompreensíveis, mas todos se compreenderão, porque se comunicarão com a mesma linguagem dos anseios e esperanças juvenis e da mesma fé católica. Em torno de Cristo e do papa Francisco, estarão mostrando ao mundo o rosto jovem e alegre da família humana, reunida no amor e na fraternidade. Será muito bonito!
Em vista da JMJ , que se aproxima, desejo convidá-los a se alegrarem intensamente, desde agora! Ao mesmo tempo, continuemos a preparar-nos para esse evento de fé e vida eclesial. Rezem e convidem a rezar pelo bom êxito da Jornada. E convidem todos a se alegrarem com vocês; também os outros jovens, que talvez ainda não se “ligaram” muito naquilo que vai acontecer na JMJ. Esse será um momento único para os jovens do Brasil, que não se repetirá tão cedo.
A Semana Missionária, que vai de 16 a 21 de julho, já está organizada; intensifiquemos agora a sua preparação e convidemos os demais jovens para a participação. Receberemos na Arquidiocese de São Paulo jovens de cerca de 60 países diversos! Serão acolhidos e hospedados em nossas paróquias e comunidades, nos colégios e nas famílias, junto com vocês, em suas casas. Acolhamos bem esses irmãos jovens, vindos de longe!
Com eles, realizaremos a Semana Missionária; eles querem conhecer e experimentar algo de nossa cultura, de nossa hospitalidade, de nossa fé e de nossa Igreja. Deles, teremos muito para aprender. Vamos trocar experiências e nos enriquecer reciprocamente!
E não esqueçamos que a Semana Missionária é, antes de tudo, para ser vivida por nós mesmos, com os jovens e adultos de nossas comunidades e organizações eclesiais. Falem a todos da Jornada e das expectativas da Semana Missionária. É uma ocasião de ouro para sermos missionários de Jesus Cristo para os nossos companheiros e amigos!
“Ide, fazei discípulos meus todos os povos!” Com fé firme e esperança alegre superaremos qualquer obstáculo ou dificuldade que se possa apresentar. Por Jesus Cristo e pelo Reino de Deus vale a pena fazer coisas grandes e qualquer sacrifício! E os beneficiados seremos nós mesmos. Que Deus os abençoe e assista!
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo