quarta-feira, 1 de junho de 2011

Relatório do Encontro com os Jovens e com a Equipe de Apoio, realizado em 28 de maio de 2011, no Espaço do Centro Franciscano, localizado na Rua Riachuelo, 268,

         Estiveram reunidos no 4º Encontro do Projeto de Formação Missionária para as Juventudes os seguintes participantes:

Equipe de Apoio: Vinicius; Fabrícia; Irmã Luzia; Irmã Juliana; e Nilda.

Nova participante/visitante: Júlia.

Equipe de Jovens: André; Sérgio; e Weder.

         O encontro teve início com a breve apresentação da Júlia, uma missionária alemã que está no Brasil há nove meses e foi convidada pela Nilda para participar do encontro e conhecer o projeto.

         Em seguida, O Vinicius propôs um momento de espiritualidade a fim de que pudéssemos criar um clima místico para o início do encontro. Para isso, o André leu para todos um trecho da Palavra de Deus: Jeremias 1; 5-10. Esta passagem bíblica trata do chamado do profeta, gerado e escolhido por Deus para profetizar ao seu povo. Diante dela, ouvindo uma música instrumental tranquila e reconfortante, refletimos sobre o nosso chamado como missionários e partilhamos brevemente o que sentimos e como fomos tocados durante este momento.

         Após a mística inicial, o Vinicius distribuiu a todos os presentes algumas folhas contendo questões sobre o que é ser jovem hoje e o que é ser missionário, a fim de que lessem e refletissem atentamente. As questões foram as seguintes:

1. O que é ser um jovem missionário ?

2. O que é necessário fazer para se tornar um jovem missionário ?

3. O que o jovem busca nos dias de hoje ?

4. O que o jovem busca na religião e no meio religioso ?

5. O que é ser jovem hoje ?
         Em seguida, o André abriu um plenário a fim de que todos, mas especialmente os jovens presentes, pudessem externar suas reflexões, opiniões e respostas às questões acima. Esclareceu ele que não importava a ordem das perguntas e nem mesmo que elas fossem respondidas objetivamente e diretamente, pois tratava-se de um momento de partilha e discussão sobre o que cada um pensava como um todo e sobre o que outros jovens poderiam pensar e responder a respeito de tais temas:

         Com relação à primeira questão, o Weder partilhou que o jovem missionário é aquele que acompanha; que está no apoio. O ser missionário também significa ter ousadia para atuar na sociedade e também que o jovem em processo constante, o que, por outro lado, dificulta a sua entrada na Igreja, que muitas vezes está estagnada.

Para ele, há ainda o desafio de entrar em comunidades já formadas dentro das paróquias.

         O Sérgio, por sua vez, disse que “o jovem missionário vê além do seu campo de visão”. Não gosta das coisas do jeito que estão.

         A Irmã Juliana asseverou que a missionariedade do jovem deve ser algo dinâmico; sempre tem de haver algo novo.

         A Nilda chamou atenção para duas situações distintas que devem ser observadas: a) o jovem missionário; e b) o jovem fora do contexto religioso. Segundo ela, o jovem missionário é aquele que sai do seu espaço e se lança ! Com relação à terceira questão (o que o jovem busca), disse ela que, a seu ver, ainda é uma incógnita.

         Segundo a Irmã Luzia, ser um jovem missionário é um desafio e significa “disponibilidade”.

         A Fabrícia colocou um interessante aspecto: “a inquietação do jovem também pode ser prejudicial”. Isso quer dizer que, diante da correria de hoje em dia, parece que tudo fica nebuloso, gerando uma inquietação maléfica. Para ela, os jovens precisam de uma missão, um foco, a fim de que possam dizer: “agora, estou “aqui”; mas chegarei “lá” no futuro.”

         Quanto ao que o jovem busca nos dias de hoje, os participantes (sobretudo os jovens) trouxeram algumas reflexões que podem ser sintetizadas nas seguintes palavras: certezas; estabilidade; segurança; apoio.




         Neste sentido, o Sérgio se manifestou: “Busco certezas nos dias de hoje. Em razão de tanta tecnologia e de tanta informação, eu busco um rumo para minha vida: que caminhos seguir; que faculdade cursar; que profissão escolher; etc... Para isso, tenho que enxergar além do meu campo de visão. Preciso buscar o que eu quero e o porquê de eu estar aqui!”

         Ainda no que se refere à terceira questão, a Júlia relatou que estava buscando muitas respostas e também segurança.

         A Fabrícia trouxe a seguinte reflexão: “Buscamos a segurança dentro de um mundo inseguro.”

         Considerando a busca do jovem, o Weder externou o seguinte aspecto, muito interessante: “A fugacidade e a comunicação em massa angustiam. Nós nos sentimos pequenos e até mesmo como crianças indefesas..” Citou também a questão da violência urbana. Mais adiante, questionou: “O que dá segurança hoje ?”

         Continuando, o Weder relatou que busca traçar objetivos; que tem um sonho e que procura concretizá-lo com a ajuda das outras pessoas, pois não pode estar sozinho na caminhada.

         O Sérgio e o Weder ainda acrescentaram que no mundo aparecem inúmeras possibilidades, que na realidade são falsas seguranças. A Nilda complementou: “Nós também temos muitas inseguranças; não são apenas os jovens”.

         Quanto à segurança profissional, o Sérgio trouxe o testemunho do próprio pai, um metalúrgico, que já não é jovem, mas necessita renovar sua segurança e sua estabilidade profissional, precisando se atualizar no que tange às novas máquinas e equipamentos da indústria.

         Refletindo sobre os campos profissional e educacional, o André externou que hoje as exigências são muito maiores. O ensino, em regra, se tornou um negócio e não uma finalidade em si, educacional. Muitos jovens não sabem o que querem: segundo a Nilda, isto ocorre porque o jovem é levado a focar-se no hoje, no imediatismo. Quanto ao imediatismo, a Fabrícia colocou a questão das drogas, trazendo a informação técnica de que, através de estudos feitos por psiquiatras, o usuário de drogas (dentre eles, muitos jovens) planeja sua vida para apenas nove dias adiante. Segundo a Nilda, eles só pensam no hoje.

         No que se refere especificamente à quarta questão (o que o jovem busca na religião e no meio religioso), as reflexões giraram em torno das seguintes palavras: certezas; paz; objetivos; discernimento; felicidade; respostas.  A esse respeito, o Vinicius relatou que o jovem busca apoio nas certezas que a religião deve (ou deveria) oferecer: firmes fundamentos e valores para a vida.

         O Sérgio continuou refletindo sobre as necessidades dos jovens, inclusive dentro da religião: “O jovem necessita de um projeto de vida dentro da sua realidade, mesmo que mude o projeto durante o caminho”. Neste sentido, esclareceu a Nilda que nesse caminho devem ser trabalhados a solidariedade; o companheirismo; o sentido de coletividade.

         Após o plenário, foi colocada para os presentes, sobretudo aos jovens, a seguinte proposta: olhando para a própria realidade, levem as questões recebidas para as comunidades em que vivem (paróquia, grupos de jovens, bairro, colégio, etc...) e questionem os jovens a respeito, trazendo as respostas para o próximo encontro, a ser realizado em julho. Também pedimos para que o Sérgio colocasse as questões (reelaboradas e em menor número, se for o caso) no blog e, juntamente com os outros jovens da equipe, divulgassem-nas para possibilitar respostas também por meio eletrônico.

         O próximo encontro ficou marcado para o dia 02/07; às 14:00 horas, no Espaço do Centro Franciscano, localizado na Rua Riachuelo, 268, Largo São Francisco – metrô de acesso: Anhangabaú – lado da Rua Riachuelo e Sé – saída pela escadaria do lado esquerdo.

         O encontro foi encerrado com a “Oração do Jovem Protagonista” e com uma confraternização com alguns comes e bebes.

Que a Paz do Senhor esteja sempre com todos vocês !


São Paulo, 05 de maio de 2011.


(Vinicius secretariou).

Relatório do Encontro com os Jovens e com a Equipe de Apoio, realizado em 30 de abril de 2011, no Convento Santíssima Trindade, em São Paulo/SP

Relatório do Encontro com os Jovens e com a Equipe de Apoio, realizado em 30 de abril de 2011, no Convento Santíssima Trindade, em São Paulo/SP
3º Encontro do Projeto de Formação Missionária para as Juventudes



         Estiveram reunidos no 3º Encontro do Projeto de Formação Missionária para as Juventudes os seguintes participantes:

Equipe de Apoio: Padre Omir; Vinicius; Ir. Ana Elídia; Fabrícia; Haroldo; Maria Paula; Ir. Ernesto; Elenir; José Manoel; Irmã Luzia; e Nilda.

Equipe de Jovens: André; Sérgio; Juliane; Carolina; Igor; e Jeremias.

         O encontro teve início com uma breve apresentação dos participantes.

         Em seguida, passamos para um momento de espiritualidade, que principiou com a leitura de dois trechos dos Evangelhos: Mateus 18; 1-6; e Marcos 10; 13-16, os quais foram lidos pelo André e pela Juliane, respectivamente. Após a leitura, o Vinicius propôs que, à luz das passagens bíblicas em questão e inspirados pelas suas próprias palavras e reflexões dos encontros anteriores, (descritas em pequenos cartazes colocados no chão, no centro da roda que fizemos para ambientar o encontro), todos fizessem uma reflexão sobre os valores da infância, como meninos e meninas, tais como, carinho, amor, afeto, simplicidade, e etc... Valores nobres para a nossa jornada com os jovens e os quais aprendemos e consolidamos desde quando somos meninos e meninas.

         Com uma tranqüila e acolhedora música de fundo, fizemos um momento de silêncio e interiorização.

         Depois disso, houve a partilha do que sentimos e refletimos:

         A Elenir mencionou “o sorriso de uma criança que sabe acolher”. Falou sobre as lembranças de sua mãe e de valores como fé; perseverança; e superação de barreiras, tendo a sua mãe como exemplo.

         A Irmã Ana Elídia externou a capacidade da criança de se encantar com as coisas.




         O Igor colocou os valores da inocência e da pureza, citando ainda a questão da pequena semente de mostarda que, se “regada” com fé, cresce e se torna uma árvore frondosa. Também acrescentou que “devemos voltar às raízes da infância”.

         A Fabrícia destacou aquilo que as crianças nos transmitem através dos seus simples gestos, o que trás muita riqueza. Segundo ela, na sociedade em que vivemos, vamos criando armas para sobreviver; contudo, devemos nos desarmar, voltando a ser meninos e meninas.

         O Manoel relatou que a Palavra de Deus serve para nós em todos os momentos de nossa vida. “Recebo essas leituras com muito carinho”, disse ele. Além disso, destacou que não podemos perder o contato com nossa memória. Externou ainda uma belíssima reflexão: “O que eu considero mais antigo em mim, é o melhor de mim”.

         O Padre Omir lembrou dos valores da espontaneidade das crianças. Segundo ele, devemos ser mais espontâneos e não nos prendermos às arestas, a fim de podermos chegar mais longe na caminhada.

         O Irmão Ernesto mencionou que as crianças não questionam, mas acolhem com carinho, alegria e pureza, o que é “impressionante”.

         Após tais reflexões, o Vinicius apresentou um vídeo denominado “Libertos da Gaiola”, através do qual pudemos sentir intensamente o nosso desafio nessa caminhada, a coragem que devemos ter e o preço da nossa redenção, pago por Jesus Cristo.

         Introduzindo o próximo momento da reunião, a Ir. Ana Elídia propôs uma retomada dos encontros anteriores, para que fizéssemos memória do que foi dito, proposto e, assim, pudéssemos seguir adiante.

         Deste modo, os participantes se manifestaram lembrando que havíamos falado em criar os passos de formação dos jovens, tendo-os como os protagonistas de seus caminhos. Também foi lembrado que, no encontro anterior, partilhamos as qualidades que cada um tem e como cada qual poderia ajudar o grupo. Além disso, lembramos também da idéia de criar um blog para o projeto, (o qual inclusive já foi criado pelo Sérgio, que aproveitou a oportunidade para apresentá-lo a todos num dos momentos deste encontro de 30/04/11).

         Posteriormente, a Ir. Ana Elídia prosseguiu, passando a explicitar o Projeto Missionário, bem como apresentou, por intermédio do “Power point”, a respectiva proposta de trabalho da Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo. Tanto durante a apresentação quanto depois dela, a Ir. Ana Elídia esclareceu as dúvidas dos participantes, sendo que ainda ouvimos algumas idéias e outras propostas.

         A proposta apresentada foi impressa e entregue a todos os membros das equipes, sendo que também será oportunamente encaminhada por e-mail pelo Vinicius. Não obstante, podemos sintetizá-la da seguinte forma, inclusive com os acréscimos das idéias que foram sendo colocadas durante sua apresentação:

1. Criar uma rede de jovens missionários leigos que assumam a evangelização de outros jovens, dentro do objetivo que é a missão da Igreja – evangelizar: humanizar; perdoar; anunciar; olhar para mundo com a perspectiva mais humana; buscar a justiça, a igualdade; trilhar novos caminhos; proclamar o Reino de Deus (Boa- Nova).

2. Como fazer para alcançar esta meta ?
2.1. Ouvir os jovens e prepará-los, oferecendo um curso de formação missionária.

3. Quais os passos ?  Devem ser pequenos passos, um atrás do outro. O caminho pode ser longo, mas vamos percorrê-lo aos poucos. Cada um tem um papel específico e uma contribuição a dar, conforme as suas possibilidades.
3.1. Formação das equipes (já o fizemos).
3.2. Entender o projeto e fazer um plano (abril de 2011 – já propusemos o plano).
3.3. Trabalhar no curso de formação missionária (de maio a novembro de 2011).
3.4. Iniciar uma rede de intercâmbio entre os jovens (o início já foi feito: criação do blog pelo Sérgio):

 
Endereço eletrônico do blog:    juventudeprotagonistabr.blogspot.com

3.5. Algumas ações previstas para 2012; 2013; e 2014.

         Em seguida, houve manifestações no sentido de frisar a importância do material para o curso.

         Dando sequência ao encontro, após uma breve pausa para café e descanso, a Ir. Ana Elídia propôs que as duas equipes se reunissem em separado para que, à luz da proposta apresentada, tentassem delinear o seguinte:

A. Equipe de Apoio:

* Definir o papel da equipe.
* Formar um Grupo de Trabalho para acompanhar mais de perto o processo de elaboração do curso.

B. Equipe dos Jovens:

* O que você achou da proposta ?
* Que sugestões você teria para aperfeiçoá-la ?
* Você teria alguma outra proposta ?
* Como poderia ajudar neste projeto ?

         Apresentamos abaixo os principais pontos daquilo que foi dito em plenário, conforme o resultado das reuniões acima definidas:

A. Equipe de Apoio:

         O Padre Omir entendeu que a proposta de três anos é muito longa. Também propôs um tempo de formação mais curto para os jovens.

         A Elenir também se manifestou no sentido de visualizarmos tapas curtas para o curso (exemplo: seis meses, mas ainda poderia durar menos, segundo ela).

         O Padre Omir e a Elenir ainda asseveraram que o curso não deveria ser algo tão intensivo, mas simples, inclusive para facilitar sua adaptação às diversas realidades dos jovens (talvez duas etapas; dois “estágios práticos”), com o que também concordou o Vinicius.

         A Ir. Ana Elídia disse que não se trata simplesmente de passar teoria, mas sim um formato de curso que seja uma “chave de leitura para a vida”, propondo ainda uma “identidade missionária”.

         O Ir. Ernesto propôs um curso que pudesse se adequar aos moldes de um encontro de férias.

         O Haroldo mencionou um curso a ser feito por módulos.

         Ainda foram feitas as seguintes propostas e questionamentos:

         - Utilização de blog para a integração com o curso.
         - Qual o papel do Grupo de Apoio ? Algumas respostas: um grupo de sustentação para o jovem poder dar seus passos; ser uma retaguarda; como tratar os temas que os jovens irão trazer; pensar na formatação do curso com base nisso; ajudar metodologicamente e ver quais as perguntas que precisamos fazer para eles nos trazerem as respostas.

         O grupo também sentiu a necessidade de se reunir mais uma vez para aprofundar essa discussão, antes do próximo encontro (marcado para o dia 28/05/11).

B. Equipe dos Jovens:

         - Entenderam que a nossa proposta é bastante diferente daquelas que eles costumam ver.

         - Dinamizar encontros com assuntos contemporâneos que possam atrair mais os jovens.

         - Como podemos ajudar ? Estando sempre junto com o grupo, participando !


         No que tange aos encaminhamentos para a próxima etapa do projeto, ficou definido que a Equipe de Apoio se reuniria no dia 18/05, às 19:00 horas, para uma reunião na sede da Associação Palavra Viva, localizada na Rua Santa Luzia, 23, Centro, próximo aos metrôs Liberdade e Sé (Ponto de referência: Praça João Mendes). Além disso, o próximo encontro das equipes do projeto ficou marcado para 28/05; às 14:00 horas, no Espaço do Centro Franciscano, localizado na Rua Riachuelo, 268, Largo São Francisco – metrô de acesso: Anhangabaú – lado da Rua Riachuelo e Sé – saída pela escadaria do lado esquerdo.

         Ao final, o encontro foi encerrado com a apresentação de um vídeo (com a música “Tocando em Frente”) e com a “Oração do Jovem Protagonista”.

Que a Paz do Senhor esteja sempre com todos vocês !

São Paulo, 05 de maio de 2011.                                       (Vinicius secretariou).