Atividades para os encontros da 1ª Etapa da Formação Missionária
Introdução:
Propusemos que no primeiro encontro os participantes deverão trazer uma foto deles próprios, medindo aproximadamente 27 x 21 cm, e também algum objeto com o qual se identificam ou que seja marcante em suas vidas. Tais objetos serão solicitados na própria ficha de inscrição para a formação missionária e serão designados como alguns dos “documentos” necessários para a matrícula dos participantes. Isso será utilizado oportunamente para algumas dinâmicas e para identificar os participantes.
Também propusemos a colocação de uma grande esfera no centro do espaço onde será realizado o encontro, algo representando uma barriga em gestação, onde serão colocados bilhetes dos participantes de forma periódica (conforme os encontros vão ocorrendo), representando suas aspirações, impressões e etc... Tais manifestações poderão ser eventualmente inseridas no blog do projeto.
Além disso, se houver alguém no grupo que saiba desenhar, pediremos para que faça uma caricatura ou charge dos participantes, oportunamente.
Conteúdos:
1. IDENTIDADE:
1.1. Apresentação do projeto.
1.2. Breve apresentação individual de cada jovem participante.
1.3. Exposição de 15 a 20 minutos sobre o conteúdo “Identidade” (sugerir autor/bibliografia).
INTERVALO
1.4. Vamos pendurar as fotos que os participantes trouxeram em um varal previamente afixado, pedindo-lhes que contemplem-nas por alguns segundos. Em seguida, convidaremos os jovens a formarem grupos e, dentro desses grupos, responderem livremente (se expressando de várias formas) as seguintes questões: Quem sou eu ? O que quero com a formação ? O que gosto de fazer ? O que quero na vida ?
1.5. Abriremos espaço para que os jovens se manifestem quanto às questões acima, em forma de plenário.
1.6. Para o próximo encontro, pediremos aos jovens que acessem o blog e voltem a contemplar as fotografias (que serão previamente digitalizadas e lá postadas, com a anuência dos participantes). As manifestações dos jovens sobre as questões contidas no item “1.4.” também serão postadas, sendo que será aberto um espaço para eles possam postar novas manifestações, inclusive sobre as fotos.
2. AUTO CONHECIMENTO EM VISTA DA MISSÃO:
2.1. Faremos uma dinâmica através da qual os jovens irão olhar as fotos no varal e sinalizarem o que a foto do outro demonstra sobre ele (através da foto, dizer como a pessoa é, do que gosta, etc...), isto é, como vê o outro através da foto. Em seguida, o participante fotografado e descrito pelos outros jovens faz o seu “auto-retrato” para os outros e diz como realmente é ou como se enxerga. Depois disso, conforme a introdução acima, aquele que fez a caricatura ou charge dos membros do grupo traz o(s) desenho(s) e mostra para todos o que desenhou – “O 3º olhar” – olhar do artista.
INTERVALO
2.2. Exposição de 15 a 20 minutos sobre o tema “Auto conhecimento em vista da missão”, abordando a necessidade de se conhecer a si próprio a caminho da missão. O que é ser jovem missionário no século 21 ? Vamos descobrir juntos ?
2.3. Perguntas e debate livre sobre a exposição.
3. TRABALHAR AS EMOÇÕES:
3.1. Apresentação de filme (curta metragem, mais ou menos 15 a 20 minutos) sobre o tema “Emoções e situações de conflito – o território do emocional em 1º plano”.
3.2. Debate sobre o filme.
INTERVALO
3.3. Exposição sobre “situação de conflito” – textos do Padre José Boeing.
3.4. Espaço para testemunho(s): Por que quero ser missionário ?
4. AFETIVIDADE:
4.1. Exposição sobre “Afetividade no mundo moderno”.
4.2. Jovens se reunirão a fim de preparar a dinâmica do sociodrama (abaixo).
INTERVALO
4.3. SOCIODRAMA – Os jovens irão se reunir e simular situações em que o afeto se manifesta ou está ausente e buscar viver o amor incondicional. (sugestão: formação de dois grupos para isso).
5. SEXUALIDADE:
Abertura: Colocar uma faixa com a questão: “Será que a Igreja tem medo do sexo e é contra o sexo ?”
5.1. Exposição (expos. oral e vídeo – mais longa – 30 ou 40 minutos): O que é a sexualidade ? Não é apenas uma questão de genitalidade e intercurso sexual, mas permeia todas as áreas da vida. Falar também da questão da sexualidade com relação à Igreja – ponto de vista eclesial. (é conveniente haver uma preparação em caso de questionamentos sobre temas polêmicos, como uso de preservativos e aborto).
5.2. Reunirem-se em grupos e discutirem sobre a exposição.
INTERVALO
5.3. SOCIODRAMA: Fazer uma roda com os jovens sentados no chão. Daí, dois se levantam e começam a conversar, no meio da roda, sobre a questão da sexualidade na missão e na Igreja. De repente, um outro jovem, dentre os que estão observando os dois, levanta-se e interfere na conversa, lançando um OUTRO olhar sobre a questão. Os jovens vão se revezando, entrando na roda e sentando-se novamente, nessa mesma dinâmica, até que todos participem e as discussões sejam enriquecidas. É interessante trazer o debate para o equilíbrio, desantagonizando os diálogos e evitando a polarização Igreja X sociedade. O terceiro jovem que interfere faz o papel do missionário, demonstrando que o centro da discussão está na dignidade da pessoa humana
6. VALORES:
Abertura: Colocar uma faixa pendurada, onde será escrito: “Ei, jovem, do ponto de vista da missão, que jovem é você na relação com: os diferentes tipos de pessoas; as diferentes faixas etárias; os amigos; os idosos; os pais; a sociedade em geral ? ” (o foco no “ser” em relação ao outro, pois o ser significa quais são os nossos valores).
6.1. Exposição (20 ou 30 minutos): “O ser em relação ao outro” (ou como sou (ou posso ser), do ponto de vista missionário, em relação ao outro). Apresentar valores da escuta; respeito; solidariedade; tolerância; caridade. Acrescentar o ser em relação ao idoso.
6.2. Os jovens se reunirão em grupos para identificarem em suas paróquias/comunidades/mundo de hoje, quem é o outro que eu não escuto. Tentar entender e explicar como isso se dá. Por que ocorre ? Por que eu não o escuto ? (Apresentar os porquês de forma criativa, com possíveis dinâmicas).
INTERVALO
6.3. Trazer cuidadores de pessoas idosas (falaremos com a Andréia, o Manoel e o Padre José Carlos, da Associação Reciclázaro). Tais cuidadores trarão testemunhos do que é cuidar do outro
6.4. Faremos um “link” do “6.3.” com a ação e o ponto de vista do “ser um jovem missionário”, através de uma dinâmica. “Ser missionário é saber cuidar do outro”. “É uma conseqüência da prática dos valores cristãos”.
7. FORMAÇÃO DO SENSO CRÍTICO:
7.1. Sugerir a seguinte questão, à partir do final do sexto encontro: “O que vocês entenderam do missionário como cuidador e portador do evangelho ? Assim, sugerir que façam uma apresentação criativa/artística sobre o que é ser cuidador, trazendo cada participante uma pessoa de sua comunidade para ilustrar sua apresentação (se não for possível trazer alguém, trazer informações sobre alguma pessoa da comunidade). Isso será feito em grupos, mostrando o missionário, portando o evangelho, como cuidador do outro.
INTERVALO
7.2. Momento individual e silencioso (introspecção pessoal), para o discernimento dos próprios valores: Após as reflexões individuais, os jovens escreverão livremente sobre seus valores. Como estão agora, após sete encontros ?
8. CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES:
8.1. Trazer um vídeo e/ou fazer uma exposição sobre a “Pastoral dos Arranha Céus”.
8.2. Fazer uma roda intimista e conversar sobre a questão da solidão e falta de relações numa metrópole super populosa.
INTERVALO
8.3. DINÂMICA/EXERCÍCIO: colocar dois manequins (feitos com materiais recicláveis), colocando-os à parte no local do encontro, separando-os com um biombo. Convidar todos a contemplar os manequins como se fossem pessoas dentro de um elevador, que não se falam enquanto ele sobe ou desce. Depois, retirar os manequins e convidar um jovem participante para entrar no biombo juntamente com um “manequim humano”, que será uma pessoa que eles não conhecem; alguém de fora, que cumpriria o papel de ser arredio e não querer se comunicar, não querer estabelecer um diálogo ou uma relação.
8.4. Mesa redonda sobre o exercício com o “manequim humano”.
8.5. Convite final para que todos conheçam o curso de cuidadores do Padre José Carlos, em sua paróquia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário