quinta-feira, 29 de agosto de 2013

JUVENTUDE E ESPERANÇA

A juventude está mesmo perdida?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013
“Como um Jovem poderá ter vida pura?” São tantos os caminhos propostos para a juventude que nem sempre têm como destino final a realização plena enquanto filhos de Deus.

Lembro-me da colocação de Dom Hélder Camara ao ouvir uma irmã que o entrevistava dizer que a juventude estava perdida. Ele, na hora, levantou os braços e disse: “Irmã, não me fale uma coisa dessa! Quem disse que a Juventude está perdida? Olhe um pouco e veja, quantos jovens por aí sendo uma presença sadia na sociedade, participando das grandes decisões nos rumos da nação, sendo um ponto de apoio para suas famílias! Agora, quanto aos jovens que estão nas situações que a senhora mencionou, com esses devemos ter um carinho todo especial”.

Eu também sou dessa opinião. Prefiro olhar para nós, jovens, com esperança. E não foi diferente com o salmista, que há muito tempo já fazia a mesma pergunta que continuamos a fazer hoje: “Como um Jovem poderá conservar puro o seu caminho?”. {Sl 118 (119), 9}

A resposta vem logo em seguida: “Observando, ó Senhor, a tua Palavra”. A Palavra de Deus é fonte de uma vida pura. Mas, entendam bem. O salmista, ao dizer isso, não quer que vivamos longe do mundo. De modo algum. Ele quer que nós, vivendo tudo o que o mundo nos oferece, segundo os caminhos que Deus nos propõe, sejamos uma luz para os que andam numa vida sem sentido e, muitas vezes, sem saída.

Topa o desafio? Viver uma vida pura é viver uma vida plena, feliz, sempre prontos a superar os desafios próprios de nossa vida sem precisar nos perder em caminhos ilusórios.

Pe. Anísio Tavares, C.Ss.REDENTORISTA.
Promotor Vocacional

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Santíssima Trindade.





Luz, esplendor e graça 
na Trindade e da Trindade

Ora, a nossa fé é esta: 
Cremos na Trindade 
santa e perfeita, 
que é o Pai, 
o Filho 
e o Espírito Santo; 

Nela não há mistura alguma 
de elemento estranho; 
Não se compõe de Criador 
e criatura; 

Mas toda ela é potência 
e força operativa; 
Uma só é a sua natureza, 
uma só é a sua eficiência e ação.

Os dons que o Espírito 
distribui a cada um 
vêm do Pai, 
por meio do Verbo. 

De fato, tudo o que é do Pai é do Filho, 
por conseguinte, as graças concedidas 
pelo Filho, no Espírito Santo, 
são dons do Pai.

Igualmente, quando o Espírito está em nós, 
está em nós o Verbo, de quem recebemos 
o Espírito; e, como o Verbo, 
está também o Pai. 

Onde está a luz, 
aí também está 
o esplendor da luz; 
e onde está o esplendor, 
aí também está a sua graça 
eficiente e esplendorosa.


Santo Atanásio

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

PAPA FRANCISCO TELEFONA PARA JOVEM

PAPA FRANCISCO TELEFONA A JOVEM DE 19 ANOS: “TRATEMO-NOS POR TU”


O telefone toca. Steffano Cabizza, de 19 anos, está em casa e atende. Do outro lado da ‘linha’…..Papa Francisco! Ficaram 20130822_papa-padova-stefanoconversando por 8 minutos com o Pontífice.
O fato aconteceu com um jovem de Pádua, norte da Itália, ele é um apaixonado por futebol (este ano está na primeira categoria com o Gregonese, e é ocupado com um monte de trabalhos dos estudos (cursa engenharia da informação). Quem contou a história foi ‘Il Gazzetino’.
Steffano havia escrito uma carta ao Papa Francisco antes de vir a Roma com a família. Durante uma Missa celebrada na Praça São Pedro, o jovem entregou a carta a um Cardeal, pedindo que a fizesse chegar às mãos de Francisco.
“Eu quis contar esta minha experiência fantástica – explicou o jovem – somente para colocar em evidência o gesto de grande humildade e proximidade a nós fiéis por parte do Papa Francisco”. diz Stefano ainda vivo com a emoção em seus olhos.
“Ele me disse para tratá-lo por ‘tu’: “Acreditas que os Apóstolos tratavam Jesus por senhor? Ou o chamavam ‘Sua Excelência’?. Eram amigos como somos agora eu e tu e eu, com os amigos, sou habituado a tratá-los por ‘tu’”, disse Francisco.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

VIOLÊNCIA NÃO !

São Paulo, 19 de agosto de 2013.
 
A todos os homens e mulheres de boa vontade da cidade de São Paulo.
 
 
As imagens apresentadas, neste fim de semana, em nível nacional, pela Rede Globo, com cenas de espancamento de adolescentes na Unidade “João do Pulo”, do Complexo Vila Maria, da Fundação Casa, na cidade de São Paulo, causaram-nos perplexidade.
 
Tais práticas fazem-nos relembrar os períodos sombrios da história da nossa Nação, quando a violação dos direitos humanos e o recurso à tortura foram utilizados como instrumento de punição e intimidação.
 
É importante ressaltar que, nestes últimos anos, não foram poucas as denúncias de maus-tratos, espancamento e ameaças aos adolescentes em algumas unidades da Fundação Casa, cujos protocolos na própria Fundação Casa, no Ministério Público, no DEIJ comprovam os fatos.
 
Não podemos negar que, após a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), houve considerável evolução no tratamento dispensado à criança e ao adolescente. Entretanto, no que diz respeito ao adolescente em conflito com a Lei, há ainda um longo caminho a ser percorrido.
 
Diante desses fatos, é nossa esperança de que aqueles que adotam tais práticas sejam punidos com o rigor da Lei.
 
Um fator que deve ser considerado com particular atenção é o da superlotação das unidades da Fundação Casa, que as torna inadequadas para acolher e atender todos os internados. Não seria oportuno propor a qualificação das medidas socioeducativas em meio aberto?
 
Além das medidas preventivas, sugerimos a implantação de monitoramento através de câmeras em todas as unidades, devendo ser supervisionadas pelo Ministério Público, objetivando a garantia dos direitos dos funcionários e adolescentes em conflito com a Lei.
 
Seria também oportuno desvincular a Ouvidoria da Fundação Casa, que já existe, da própria Instituição, permitindo o acompanhamento da sociedade civil e mais transparência dos atos ali investigados.
 
Num momento em que toda a Igreja volta sua atenção para a juventude, é lamentável que fatos como esses que ocorreram nesta semana aconteçam.
 
Prevenir, amparar, educar são atitudes que garantem aos adolescentes e aos jovens um futuro melhor! A esperança não nos permite desistir! Anunciamos Jesus Cristo e denunciamos a intolerância e as injustiças, porque acreditamos que somente n’Ele e a partir d’Ele (Cristo) é possível uma cultura de paz. Como São Francisco de Assis, rezamos: “Senhor, fazei-nos instrumentos de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa que eu leve o perdão...”
 
Uma Nação que não cuida dos seus jovens está fadada a desaparecer.
 
Dom Milton Kenan Júnior
Bispo responsável pela Coordenação da Caridade,
Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
 

Pastoral Fé e Política
Arquidiocese de São Paulo

A partir de Jesus Cristo em busca do bem comum
 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

VISITA MISSIONÁRIA - LAR PARA CRIANÇAS COM CÂNCER

"A VIDA RENASCE NO EXATO MOMENTO EM QUE A INDIFERENÇA TERMINA"


Este é o slogan do Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer - "CÃNDIDA BERMEJO CAMARGO", localizado na Rua Miguel Gonçalves Correia, 157, Campo Limpo, São Paulo - SP, CEP  05786-160  (próximo ao 37º Distrito de Polícia)  -  www.centrocbc.org  -  email: centrocbc@ig.com.br   .

Ele é coordenado pela abençoada Antônia, uma leiga de mão cheia e coração aberto, ex-irmã missionária da Congregação da Imaculada Conceição.

Com a ajuda da Jeane, da Emilin e muitas outras pessoas engajadas, eles cuidam de aproximadamente 25 crianças carentes com câncer, oriundas da Região Nordeste do Brasil, onde não há condições suficientes para tratá-las.

É um trabalho maravilhoso e pouco divulgado, que merece a nossa atenção.

Assim, considerando o princípio de fomento para a participação em ações missionárias, previsto desde o início do projeto da rede missionária de jovens das MISSIONÁRIAS SERVAS DO ESPÍRITO SANTO, nós fizemos uma visita para eles, cujas fotos e comentários seguem logo abaixo.

Deste modo, ALÉM DE DIVULGAR O LAR DAS CRIANÇAS, esperamos tocar o coração de vocês e lembrar o quão bela e árdua, concomitantemente, geralmente é a MISSÃO:






Como não poderia deixar de faltar, a imagem de Jesus...


... Acompanhada de um pequeno e bonito oratório, como homenagem à sua Mãe


Acesso para o piso inferior da casa



Vista externa de algumas acomodações para as crianças


Esta pequena lutadora é surda-muda, carente e ainda luta contra o câncer. Mesmo assim, segundo a Dona Antônia, é das mais sapecas e alegres da casa. Como isso é possível ? Só o amor de Deus explica tanta beleza diante de tantas adversidades !


Fotos de algumas crianças espalhadas pela casa




Essa é a coordenadora, a obstinada guerreira, Dona Antônia ! Agradeço a Deus e às Missionárias Servas do Espírito Santo (pela disponibilidade) por tê-la conhecido.


Uma foto com este que vos escreve (Vinicius)


As JOVENS  que preparam os alimentos





ABDICAR DE PENSAR - Frei Beto

Segue abaixo um belíssimo artigo do Frei Beto, intitulado "Abdicar de Pensar":


ABDICAR DE PENSAR
 
Está em cartaz, em alguns cinemas do Brasil, o filme “Hannah Arendt”, direção de Margarethe Von Trotta. Por ser uma obra de arte que faz pensar não atrai muitos espectadores. A maioria prefere os enlatados de entretenimento que entopem a programação televisiva.

Hannah Arendt (1906-1975) era uma filósofa alemã, judia, aluna e amante de Heidegger, um dos mais importantes filósofos do século XX, que cometeu o grave deslize de filiar-se ao Partido Nazista e aceitar que Hitler o nomeasse reitor da Universidade de Freiburg. O que não tira o valor de sua obra, que exerceu grande influência sobre Sartre. Hannah Arendt refugiou-se do nazismo nos EUA.

O filme de Von Trotta retrata a filósofa no julgamento de Adolf Eichmann, em 1961, em Jerusalém, enviada pela revista “The New Yorker”. Cenas reais do julgamento foram enxertadas no filme.

De volta a Nova York, Hannah escreveu uma série de cinco ensaios, hoje reunidos no livro “Eichmann em Jerusalém – um relato sobre a banalidade do mal” (Companhia das Letras, 1999). Sua ótica sobre o réu nazista chocou muitos leitores, em especial da comunidade judaica. 

Hannah escreveu que esperava encontrar um homem monstruoso, responsável por crimes monstruosos: o embarque de vítimas do nazismo em trens rumo à morte nos campos de concentração. No entanto, ela se deparou com um ser humano medíocre, mero burocrata da máquina genocida comandada por Hitler. A grande culpa de Eichmann, segundo ela, foi demitir-se do direito de pensar.

Hannah pôs o dedo na ferida. Muitos de nós julgamos que são pessoas sem coração, frias, incapazes de um gesto de generosidade os corruptos que embolsam recursos públicos, os carcereiros que torturam presos em delegacias e presídios, os policiais que primeiro espancam e depois perguntam, os médicos que deixam morrer um paciente sem dinheiro para custear o tratamento. É o que mostram os filmes cujos personagens são “do mal”.

Na realidade, o mal é também cometido por pessoas que não fariam feio se convidadas para jantar com a rainha Elizabeth II, como Raskólnikov, personagem de Doistoiévski em “Crime e castigo”. Gente que, no exercício de suas funções, se demite do direito de pensar, como fez Eichmann. 

Elas não vestem apenas a camisa do serviço público, da empresa, da corporação (Igreja, clube, associação etc.) no qual trabalham ou frequentam. Vestem também a pele. São incapazes de juízo crítico frente a seus superiores, de discernimento nas ordens que recebem, de dizer “não” a quem estão hierarquicamente submetidas.

Lembro de “Pudim”, um dos mais notórios torturadores do DEOPS de São Paulo, vinculado ao Esquadrão da Morte chefiado pelo delegado Fleury. Ele foi incumbido de transportar o principal assessor de Dom Helder Camara, monsenhor Marcelo Carvalheira (que mais tarde viria a ser arcebispo de João Pessoa), do cárcere de São Paulo ao DOPS de Porto Alegre, onde seria solto. 

Antes de pegar a estrada, a viatura parou à porta de uma casa de classe média baixa, em um bairro da capital paulista. Marcelo temeu por sua vida, julgou funcionar ali um centro clandestino de tortura e extermínio. Surpreendeu-se ao se deparar com uma cena bizarra: a mulher e os filhos pequenos de “Pudim” em torno da mesa preparada para o lanche. O preso ficou estarrecido ao ver o torturador como afetuoso pai e esposo...

Uma das áreas em que as pessoas mais se demitem do direito de pensar é a política. Em nome da ambição de galgar os degraus do poder, de manter uma função pública, de usufruir da amizade de poderosos, muitos abdicam do pensamento crítico, engolem a seco abusos de seus superiores, fazem vista grossa à corrupção, se abrem em sorrisos para quem, no íntimo, desprezam.

Essa a banalidade do mal. Muitas vezes ele resulta da omissão, não da transgressão. Quem cala consente. Ou do rigoroso cumprimento de ordens que, em última instância, violam a ética e os direitos humanos. 

Assim, o mal viceja graças ao caráter invertebrado de subalternos que, como Eichmann, julgam que não podem ser punidos pelo genocídio de 6 milhões de pessoas, pois apenas cuidavam de embarcá-las nos trens, sem que elas tivessem noção de que seriam levadas como gado ao matadouro das câmaras de gás.

Dois exemplos da grandiosidade do bem temos, hoje, em Edward Snowden, o jovem estadunidense de 29 anos que ousou denunciar a assombrosa máquina de espionagem do governo dos EUA, capaz de violar a privacidade de qualquer usuário da internet, e no soldado Bradley Manning, de 25, que divulgou para o WikiLeaks 700 mil documentos sigilosos sobre a atuação criminosa da Casa Branca nas guerras do Iraque e do Afeganistão. 

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

sábado, 17 de agosto de 2013

UM NOVO MODELO DE ESCOLA, JUVENTUDE !

SP: sem provas, escola comemora projeto que revolucionou ensino

A escola Desembargador Amorim Lima completa dez anos de um modelo de ensino sem provas ou séries e que garante autonomia aos estudantes

As salas de aula foram trocadas por grandes salões para abrigar estudantes de diferentes séries Foto: Escola Municipal Desembargador Amorim Lima / Divulgação
As salas de aula foram trocadas por grandes salões para abrigar estudantes de diferentes séries
Foto: Escola Municipal Desembargador Amorim Lima / Divulgação
A história da escola municipal de educação fundamental Desembargador Amorim Lima, localizada na zona oeste de São Paulo, possui um marco bem definido: o ano de 2003. Mesmo tendo sido fundada no final da década de 1950, foi no início dos anos 2000 que ela iniciou o maior processo de transformação da sua história. A unidade deixou de ser mais uma escola a compor a rede de educação do município, para ganhar uma identidade própria. Passou a não mais separar os alunos por série, não aplicar mais provas e ter um currículo extremamente flexível.
E as motivações para a mudança eram claras. Além do número elevado de professores que faltavam diariamente, os próprios estudantes tinham pouco interesse em frequentar a escola. O índice de ausência nas aulas de matemática, por exemplo, era superior a 50% nas turmas finais do ensino fundamental. Com esses problemas que comprometiam a aprendizagem dos alunos, membros da comunidade escolar - especialmente os pais - perceberam que precisavam agir contra esse panorama desfavorável. Era preciso mudar.
Mas para que a mudança fosse efetiva, não havia outro caminho senão repensar a proposta pedagógica, a metodologia de ensino e a própria concepção de escola. "Não sabíamos como fazer, mas sabíamos que, naquele momento, a escola que tínhamos não era a escola que queríamos", afirma a diretora Ana Elisa Siqueira, que comandou a "revolução" na Amorim Lima.
Assim, em agosto de 2003, uma comissão formada pela direção da escola, por pais de alunos e por alguns professores resolveu convidar a psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão para analisar a situação da escola e propor medidas efetivas para a melhoria do quadro. Foi quando Rosely introduziu à comunidade o exemplo da Escola da Ponte, de Portugal, uma escola pública criada na década de 1970 que adota práticas inovadores de educação ao priorizar valores como solidariedade e autonomia dos estudantes.
O fato era que o modelo de inspiração era completamente diferente da realidade local. Na escola da Ponte, os alunos não estão divididos por séries, turmas, nem por idade. Eles dividem o mesmo espaço de aprendizagem com professores que funcionam como tutores. Foi esse foco voltado ao aluno que mais cativou a comunidade escolar da Amorim Lima.
Todos juntos, sem séries
"Nos dois primeiros anos de implantação do novo projeto, resolvemos arrancar as paredes do 1º e 2º anos e do 5º e 6º e agrupá-los num mesmo espaço. Para que eles trabalhassem em grupos, sempre de forma colaborativa", explica Ana Elisa. A nova metodologia de trabalho alcançou todos os 860 alunos da escola já em 2006. Em dois salões (como é conhecido as salas de aulas que abrigam os estudantes), equipes de cinco alunos se juntam como se fosse pequenos grupos de estudo. Os grupos de estudantes, que são do 3º ao 5º ano, ficam em um salão e os alunos do 5º ao 9º, em outro. Os alunos do 1º e 2º, que ainda estão no ciclo de alfabetização, ficam num espaço em separado.
Nos anos iniciais, a formação das equipes mescla até as séries, ou seja, no grupo de cinco alunos que ficam numa mesma bancada, é possível encontrar estudantes do 4º e 5º juntos. No ciclo final, alunos do 7º ficam apenas com estudantes da mesma série. Os cerca de 40 alunos com necessidade especiais - deficiência auditiva, motora ou intelectual - também fazem parte desses agrupamentos.
Currículo
"As avalições são feitas pelos professores, a partir do monitoramento do desenvolvimento das atividades feita pelos alunos. Não fazemos provas. Além disso, deixamos de lado as aulas expositivas e esse currículo pré-formatado que a maioria das escolas segue. Flexibilizamos em 100% nossa proposta curricular", diz Ana Elisa, se referindo aos roteiros pedagógicos propostos pelo novo projeto político pedagógico da escola.
Com essa lógica, os alunos têm mais autonomia para tomar suas próprias decisões. Eles precisam aprender a ter controle de suas atividades que são sempre feitas em grupo
Luciana Bilhóprofessora
Trabalhados durante os encontros realizados nos dois grandes salões, os alunos têm à disposição apostilas didáticas que apresentam eixos temáticos multidisciplinares ao invés de livros de matérias isoladas. No tema "biografia", por exemplo, o aluno trabalha aspectos da língua portuguesa, história e geografia numa mesma atividade. E a ordem dos assuntos a serem estudados é sugerida pelo próprio estudante. É o aluno, com a orientação do professor-tutor, que escolhe por onde começar o roteiro de estudos para o seu respectivo nível.
"Com essa lógica, os alunos têm mais autonomia para tomar suas próprias decisões. Eles precisam aprender a ter controle de suas atividades que são sempre feitas em grupo", diz a professora Luciana Bilhó, que ensina estudantes do 3º ao 5º ano. Além das apostilas temáticas, a presença constante de conteúdos envolvendo a cultura brasileira é outro ponto destacado pelos professores da Amorim Lima. "Enquanto que em outras escolas, a questão da cultura é trabalhada de forma isolada e comemorada em eventos eventuais, na nossa escola ela faz parte da própria lógica do ensino e não faltam festas folclóricas na Amorim", fala a professora Mirella Araújo.
Diversidade
E para preencher parte da carga horária, os alunos têm a disposição uma série de oficinas. De capoeira, passando pela dança contemporânea e chegando até o latim. Cerca de 40% da carga horaria é trabalhada nos salões, os 60% restantes são preenchidos com essas oficinas, muitas delas oferecidas a partir de parcerias feitas pela escola com entidades voluntárias. "Fizemos uma parceria com o programa de pós-graduação em letras e com o Instituto de Física da USP. Com isso, garantimos aulas semanais de grego, latim e de experimentos em física", diz Ana Elisa.
E não é difícil se deparar com alunos arriscando um "mihi nomen est…" ou "meu nome é… em latim" nos vários espaços de recreação da escola. A aluna do 4º ano Reinará Gonzalez, 9 anos, foi uma das estudantes que praticava o idioma durante brincadeira com colegas. "Desde do primeiro dia já percebi que eu ia gostar das aulas. Os professora da USP são muito legais", diz Reinará, que pretende ser desenhista no futuro.
A diversidade de áreas de conhecimento trabalhados na escola e a maneira como eles são colocados aos alunos foram alguns dos motivos que levaram a professora Mônica Brandão a ser professora da unidade. “Durante o meu estágio, em 2005, já descobri que queria trabalhar na escola. Em 2008, fiz um concurso para ser professora da escola. Aqui, os alunos se tornam cada vez mais brilhantes a cada ano", diz Mônica. "A escola tem tudo, só falta um a piscina olímpica de 50 metros", complementa o aluno Guilherme Oliveira, 10 anos.
É com esse histórico positivo, que a diretoria, professores e pais já marcaram um dia para a comemoração dos 10 anos de projeto. "Estamos agendando para o dia 9 de novembro a nossa grande celebração. Precisamos comemorar essa nossa grande vitória. Estamos provando cada vez mais que com a força da comunidade, a escola pode mudar. E mudar para melhor", diz Ana Elisa.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ROMARIA DA JUVENTUDE - EM APARECIDA - 08/09/2013

ROMARIA DA JUVENTUDE - EM APARECIDA - 08/09/2013:

Cronograma Romaria da Juventude 2013

07:00 Concentração na cidade de Potim (Potim fica distante do Santuário 2,5 Km)
08:00 Inicio da Caminhada em direção ao Santuário (Durante a caminhada haverá 3 paradas para que possamos refletir nossa história, nossa espiritualidade e a realidade juvenil)
10:00 Celebração Eucarística
11:30 Intervenções culturais

Todos os ônibus devem seguir direto para Potim e depois esperar seus e suas passageiros/as no Santuário de Aparecida.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Semana da Família - mensagem do Papa

Semana Nacional da Família de 11 á 17 de agosto
Tema “Transmissão e Educação da Fé Cristã na Familia"

Mensagem do Papa Francisco:

Vaticano, 6 de agosto de 2013

Queridas famílias brasileiras,

Guardando vivas no coração as alegrias que me foram proporcionadas durante a recente visita ao Brasil, me sinto feliz em saudá-las por ocasião da Semana Nacional da Família, cujo tema é “A transmissão e a educação da fé cristã na família”, encorajando os pais nessa nobre e exigente missão que possuem de ser os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento de fé dos filhos” (Carta Enc. Lúmem Fidei, 53). Neste sentido, os pais são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida. Fazendo votos de que vocês, queridas famílias brasileiras, sejam o mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé e como penhor de graças do Alto, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo a Benção Apostólica.

Francisco

CURE O MUNDO !


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A violência contra as mulheres nunca é aceitável, nunca é perdoável, nunca é tolerável

Publicação Mensal REDES
Agosto de 2013


“... A violência contra as mulheres nunca é aceitável, nunca é perdoável, nunca é tolerável”.(Ban Ki- Moon– Secretário Geral da ONU)

Dentre as inúmeras datas significativas do mês de agosto, uma delas tem maior importância para nós, mulheres brasileiras: o dia 7 de agosto. Há sete anos, nesse dia, foi sancionada a lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha. Mas que Lei é essa epor querecebeu esse nome?
A Lei Maria da Penha foi criada para coibir a violência doméstica contra a mulher. O nome é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. Em maio de 1983, enquanto eladormia, seu então marido, o professor universitário Marco AntonioHerredia Viveiros,simulando um assalto, deu um tiro em suas costas. Maria da Penha ficou paraplégica. Após quatro meses no hospital, ao voltar paracasa, nova tentativa de assassinato. Desta vez, o marido tentou eletrocutá-la. Maria da Penha tinha 38 anos e três filhas, entre 2 e 6 anos de idade. Em 1998, passados 15 anos do crime, o agressor foi julgado e condenado a 19 anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena.O caso foi levado à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 2001, que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. A Comissão determinou que o Estado do Ceará pagasse uma indenização de US$ 20 mil a Maria da Penha por não ter punido judicialmente seu marido. Após adiar o cumprimento da sentença, o Estado decidiu finalmente ressarci-la, em valores corrigidos. Após sete anos de batalha judicial, Maria da Penha Fernandes recebeu, em 2008, uma indenização de R$ 60 mil. Essa mulher se tornou, então, símbolo da luta contra a violência doméstica.

O que é Violência doméstica e familiar segundo a Lei Maria da Penha?
De acordo com a Lei, configura-se violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
A violência pode ocorrer:
ü  No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

ü  No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

ü  Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação e de sua orientação sexual.

Como garantir o cumprimento da Lei Maria da Penha?
É muito importante divulgar a Lei e seu conteúdo. Pesquisa realizada este ano pelo Senado brasileiroaponta que 94% das mulheres já ouviram falar da lei, entretanto, apenas 13% sabem do seu conteúdo, bem como dos direitos que lhe amparam.
Em um país onde a cultura é marcada fortemente pelo patriarcalismo e pelo machismo, e que ocupa o sétimo lugar no ranking mundial dos países com mais crimes praticados contra as mulheres, desconhecer a Lei pode ser fator de vida ou morte. Vejamos os dados:
§  135 mil mulheres foram mortas violentamente no Brasil entre os anos 1980 e 2011, quase a metade delas na última década.
§  De acordo com o registro de atendimento por violências do Sistema Único de Saúde, em 2011 foram atendidas mais de 70 mil mulheres vítimas de violência física. Desse total, 71,8% das agressões foram cometidas em casa, e em 43,4% dos casos o agressor era o parceiro atual ou oex parceiro da vítima, número que chega a 70,6% quando observada apenas a faixa de 30 a 39 anos de idade.
§  Estima-se, no Brasil, que a cada 12 segundos, uma mulher é estuprada. Segundo o Ministério da Saúde, de 2009 a 2012, os estupros notificados cresceram 157%; e somente entre janeiro e junho de 2012, ao menos 5312 pessoas sofreram algum tipo de violência sexual.

Violência contra a mulher um problema de saúde

A violência contra a mulher é, ainda, um problema de saúde global com proporções epidêmicas, aponta um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em 20 de junho de 2013.
A grande maioria das mulheres sofre agressões e abusos de seus maridos ou namorados, além de ter problemas de saúde comuns que incluem ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças mentais, diz o relatório.
"Esta é uma realidade cotidiana para muitas, muitas mulheres", disse Charlotte Watts, especialista em política de saúde na Escola de Higiene & Medicina Tropical de Londres e uma dos autores do relatório.
O relatório concluiu que quase dois quintos (38%) de todas as mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus parceiros, e 42% das mulheres que foram vítimas de violência física ou sexual por parte de um parceiro sofreram lesões como consequência.

Vamos divulgar o 180    

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 orienta sobre direitos, presta escuta, acolhida e informações sobre onde as mulheres podem recorrer, caso sofram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24h, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. São aceitas ligações de celular pré-pago mesmo sem crédito/recarga.

Por um país menos violento e mais respeitoso com suas mulheres, fica aqui o apelo: Lei Maria da Penha — cumpra-se!


Para aprofundar o assunto você pode consultar:
http://www.spm.gov.br(Secretaria Especial das mulheres – Gov. Federal)
www.observatoriodegenero.gov.br(Dados sobre o disque 180)
www.onu.org.br (CampanhaUNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres)


Movimento Fé, Justiça e Paz

Convite de Dom Gil Antônio Moreira para qualquer pessoa de bem para se unir ao Movimento Fé, Justiça e Paz: Mudança social, sim! Violência, não! Exclusão de Deus, jamais! 

Pelo direito de fé. Estado laico não é um estado ateu. Pela democracia e contra a ditadura do relativismo e do ateísmo prático.

Clique ABAIXO e veja o vídeo no youtube:




CONTRIBUA COM A INCLUSÃO DE DEFICIENTES

Contribua com a inclusão de pessoas
com deficiência


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A Bombril estimula a inclusão de pessoas com deficiência e está recrutando novos talentos!

Com o objetivo de intensificar o programa de inclusão social indique uma pessoa com deficiência enviando o currículo atualizado para:

Bombril Anchieta: Alina Fialho (RH) – alina.mello@bombril.com.br
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