terça-feira, 30 de abril de 2013
Fotos da última reunião - 28/04 - para a semana missionária.
Fotos da última reunião - 28/04 - para a preparação da semana missionária, na Paróquia Santo Alberto Magno.
Igreja é contra a redução da maioridade penal
Igreja 'é contra' redução da idade penal
Data e horário:
terça-feira, 30 Abril 2013 - 10:10
Créditos:
Edcarlos Bispo de Santana
Ao final da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu em Aparecida (SP), de 10 a 19, durante coletiva de imprensa, os bispos reafirmaram a posição contrária da Igreja à redução da maioridade penal.
O presidente da CNBB, cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, afirmou que reduzir a maioridade penal não ajudará a resolver o problema da violência no país. Para o Cardeal, o fato de muitos menores de 18 anos estarem cometendo crimes tem a ver com a desagregação das famílias, a insuficiência de políticas públicas e a falta de oportunidades de educação e preparação para o trabalho.
Dom Raymundo acentuou que “reduzir a maioridade penal é simplificar um problema e não vai ajudar a diminuir a violência, pois é preciso atacar as causas das pessoas que se sentem à margem, e isso gera violência”. De acordo com o Arcebispo de Aparecida, “o problema é mais amplo e não deve ser diminuído. Reduzir a maioridade violenta e penaliza ainda mais os jovens, principalmente os pobres, negros e das periferias”.
Sueli, que também é advogada e assistente social, disse que a maioria dos crimes cometidos pelos adolescentes é contra o patrimônio e que, na verdade, a discussão deveria caminhar para o combate ao narcotráfico e para uma punição maior e mais rigorosa para os casos de aliciamento desses menores.
Poucas pessoas têm essa compreensão, porém a redução da idade penal é inconstitucional e representa uma redução de direitos. De acordo com o advogado Ariel de Castro Alves, presidente da Comissão da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Bernardo do Campo (SP), a proposta só deveria ir à frente se fosse convocada uma nova “Assembleia Nacional Constituinte”.
Há uma crítica, por parte dos defensores da redução da maioridade penal, ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo essas pessoas, o ECA não pune como deveria. Para ambos os advogados ouvidos pelo O SÃO PAULO, esse pensamento é uma inverdade, pois o Estatuto é uma conquista da sociedade civil organizada.
Para o desembargador Antônio Carlos Malheiros, coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), “o ECA é ótimo. É a melhor lei que já surgiu nesse país, copiada por outros países, inclusive”. O que falta, de acordo com o desembargador, é vontade e coragem política para cumprir o ECA.
Dentro da Pastoral da Juventude (PJ) há um grupo de trabalho denominado “A juventude quer viver”. Esse grupo existe e trabalha, em esfera nacional, regional e diocesana na pauta de defesa da juventude.
Para o jovem Anderson Gonçalves de Brito, o Dinho, o grupo “nasce da necessidade de, no estágio da militância do processo da educação na fé, e com base na rede de grupos de jovens de todo o Brasil, em reunirem-se propostas e pautar políticas públicas e sociais de/com/para a juventude”, afirmou.
Dinho se opõe à redução da maioridade penal e já participou de diversas manifestações contra a aprovação deste pedido por parte de uma parcela da sociedade. Para ele, quando a Igreja deixa o jovem se tornar protagonista de sua história, tanto na vida eclesial, quanto na sociedade, mostra o rosto jovem da própria Igreja.
(Fonte: website da Arquidiocese de São Paulo)
O presidente da CNBB, cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, afirmou que reduzir a maioridade penal não ajudará a resolver o problema da violência no país. Para o Cardeal, o fato de muitos menores de 18 anos estarem cometendo crimes tem a ver com a desagregação das famílias, a insuficiência de políticas públicas e a falta de oportunidades de educação e preparação para o trabalho.
Dom Raymundo acentuou que “reduzir a maioridade penal é simplificar um problema e não vai ajudar a diminuir a violência, pois é preciso atacar as causas das pessoas que se sentem à margem, e isso gera violência”. De acordo com o Arcebispo de Aparecida, “o problema é mais amplo e não deve ser diminuído. Reduzir a maioridade violenta e penaliza ainda mais os jovens, principalmente os pobres, negros e das periferias”.
Leia o artigo do cardeal dom Odilo sobre "Maioridade penal e violência"
Para a coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, Sueli Camargo, a redução da maioridade penal não soluciona o problema da criminalidade e da violência. “A sociedade, que clama pela redução da maioridade penal, é movida pela imprensa e pela comoção, mas não há comoção quando a vítima é um jovem da periferia, da comunidade. Tivemos três mortes de jovens dentro da Fundação Casa, recentemente, um enforcado, outro asfixiado e outro por queda, caiu do muro tentando ‘fugir do inferno’. A imprensa abafou e a sociedade...”, afirmou.Sueli, que também é advogada e assistente social, disse que a maioria dos crimes cometidos pelos adolescentes é contra o patrimônio e que, na verdade, a discussão deveria caminhar para o combate ao narcotráfico e para uma punição maior e mais rigorosa para os casos de aliciamento desses menores.
Poucas pessoas têm essa compreensão, porém a redução da idade penal é inconstitucional e representa uma redução de direitos. De acordo com o advogado Ariel de Castro Alves, presidente da Comissão da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Bernardo do Campo (SP), a proposta só deveria ir à frente se fosse convocada uma nova “Assembleia Nacional Constituinte”.
Há uma crítica, por parte dos defensores da redução da maioridade penal, ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo essas pessoas, o ECA não pune como deveria. Para ambos os advogados ouvidos pelo O SÃO PAULO, esse pensamento é uma inverdade, pois o Estatuto é uma conquista da sociedade civil organizada.
Para o desembargador Antônio Carlos Malheiros, coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), “o ECA é ótimo. É a melhor lei que já surgiu nesse país, copiada por outros países, inclusive”. O que falta, de acordo com o desembargador, é vontade e coragem política para cumprir o ECA.
Dentro da Pastoral da Juventude (PJ) há um grupo de trabalho denominado “A juventude quer viver”. Esse grupo existe e trabalha, em esfera nacional, regional e diocesana na pauta de defesa da juventude.
Para o jovem Anderson Gonçalves de Brito, o Dinho, o grupo “nasce da necessidade de, no estágio da militância do processo da educação na fé, e com base na rede de grupos de jovens de todo o Brasil, em reunirem-se propostas e pautar políticas públicas e sociais de/com/para a juventude”, afirmou.
Dinho se opõe à redução da maioridade penal e já participou de diversas manifestações contra a aprovação deste pedido por parte de uma parcela da sociedade. Para ele, quando a Igreja deixa o jovem se tornar protagonista de sua história, tanto na vida eclesial, quanto na sociedade, mostra o rosto jovem da própria Igreja.
(Fonte: website da Arquidiocese de São Paulo)
segunda-feira, 29 de abril de 2013
PROFESSORES PROMOVEM ATOS POR MELHORIAS EDUCACIONAIS
Professores promovem atos por melhorias educacionais
Durante a semana passada, profissionais de educação e entidades da sociedade civil que atuam no setor em todo o país promoveram atos, marchas, paralisações, seminários, além de audiências com parlamentares e governo. Hoje (28), no Dia da Educação, as atividades terminam, mas o debate da valorização do setor continua.
Os eixos das reivindicações são três: o piso, a remuneração e carreira dos docentes, a formação inicial e continuada dos profissionais em educação e boas condições de trabalho. Sobre o último tema, na cartilha distribuída pela Campanha Nacional pelo Direto a Educação – articulação de mais de 200 movimentos e organizações da sociedade civil –, das escolas públicas que responderam o Censo Escolar 2011 (99,8% das instituições), 46,8% têm sala dos professores, 27,4% biblioteca e 14,8%, salas para leitura. Além disso, 14,3% não oferecem água filtrada e 17,5% não têm sanitário dentro do prédio da escola.
Segundo levantamento feito pela entidade, o salário dos professores é 38% menor do que o dos demais profissionais com nível superior completo ou incompleto. Entre 47 profissões, a de professor de ensino fundamental das séries iniciais figura na 31ª posição, com média salarial de R$ 1.454, menos do que ganhavam, em média, os corretores de imóveis (R$ 2.291), caixas de bancos (R$ 1.709) e cabos e soldados da polícia militar (R$ 1.744).
O salário é protegido pela Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso salarial nacional do magistério da educação básica é R$ 1.567 e deve ser pago em forma de vencimento. No entanto, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), apenas o Distrito Federal e quatro estados (Acre, Ceará, Pernambuco e Tocantins) cumprem integralmente a lei.
O cumprimento da lei, entre outros pedidos, levou 22 estados a aderirem a paralisação proposta pela CNTE. Do dia 23 ao dia 25 de abril, professores da rede pública estadual e municipal de ensino em todo o país cruzaram os braços por melhores condições de trabalho. Dois estados: São Paulo e Maranhão continuam em greve.
Toda a movimentação teve resultado, um deles, a instalação de uma Comissão Mista de Fiscalização e Acompanhamento de Políticas Públicas, que terá a educação como primeiro item da pauta. Assumiram o compromisso os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Renan Calheiros declarou também que vai cuidar pessoalmente do calendário de discussão e votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está no Senado.
"Os professores e os demais profissionais de educação são elementos fundamentais para o cumprimento do direito constitucional da educação de qualidade no país. Com a desvalorização que vem se efetivando, a desvalorização social e salarial, aqueles que se formam em pedagogia terminam não querendo seguir a carreira de docente", diz a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento.
Já o presidente da CNTE, Roberto Leão diz que a carreira de docente não é atrativa à juventude. “Os professores trabalham muito e não têm uma jornada respeitada para poder viver com razoável dignidade". Em nota divulgada à imprensa, a CNTE informa que mais greves vão ocorrer em todo o país em função do descumprimento da Lei do Piso.
Fonte: Agência Brasil e prioridadeeducaçao.blogspot.com
sábado, 27 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Juventude Debate "Direitos Juvenis"
Juventude debate ‘Direitos Juvenis’
Data e horário:
terça-feira, 23 Abril 2013 - 13:13
Edcarlos Bispo de Santana
"Ei! Juventude! Rosto do mundo/ Teu dinamismo logo encanta quem te vê/ A liberdade aposta tudo/ Não perde nada na certeza de vencer”. Reunidos em um grande círculo, sob um céu azul e ensolarado, cerca de 90 jovens, cantavam e rezavam na abertura da “Tardes de Formação”, realizada no Anchietanum.
A atividade, que tinha por tema “Direitos Juvenis”, aconteceu no sábado, dia 20, e foi uma parceria da Pastoral da Juventude (PJ) Arquidiocesana, Anchietanum, Instituto Paulista de Juventude (IPJ)e o Centro de Capacitação da Juventude (CCJ). Esta formação aconteceu, também, na perspectiva da Semana da Cidadania, de 14 a 21, cujo tema foi “Juventude: Vidas pela vida” e trouxe o debate da redução da maioridade – “Pastorais da Juventude contra a redução da maioridade penal”.
Logo no início do encontro aconteceu uma apresentação sobre os direitos juvenis. O diretor do Centro Cultural da Juventude da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Piero, destacou que o jovem deseja garantir a vida para toda a sociedade e que isso vai ao encontro do desejo de Jesus de garantir a vida, porém, não qualquer vida, mas a vida em abundância.
Sobre os debates da redução da maioridade penal, Alexandre destacou que deveria haver um “debate em prol da garantia da vida”. Para o diretor do centro cultural a maioridade penal representa uma redução de direitos quando, na verdade, deveria haver um cumprimento da integralidade do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Alexandre, que já foi coordenador da PJ, afirmou que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em outra ocasião, já se manifestou contra a redução da maioridade penal, pois esta opção, de querer punir, “não tem nada a ver com a construção do Reino”.
Para a coordenadora da PJ na Região Santana, Thalyta Amaral, o encontro quis mostrar que a juventude tem direitos e deve lutar por eles. A jovem, que também integra a equipe arquidiocesana de coordenação da Pastoral da Juventude, ressaltou que o tema da redução da maioridade penal, bem como a violência sofrida pela juventude é constantemente debatida pela Pastoral.
Talyta informou que é mantido um grupo de trabalho denominado “A juventude quer viver”, que tem representantes das regiões episcopais e acompanha as demandas da juventude. Para a jovem, a redução da maioridade penal não é solução, pois é preciso tratar as causas da violência e não, apenas, seus efeitos.
Para a realização das atividades, foram feitas quatro oficinas temáticas, nas quais os jovens debateram os temas mais relacionados ao dia-a-dia da juventude e os seus direitos em relação à educação, direitos humanos e segurança, cultura e mobilidade humana.
Talyta ressaltou que para a PJ a juventude está sempre em pauta e que o tema da Campanha da Fraternidade, que este ano debateu a juventude, vai acompanhar os debates da Pastoral até o Dia Nacional da Juventude.
Vanessa Corrêa, assessora de imprensa e pastoral do Anchietanum, destacou que as “Tardes de Formação” acontecem desde o ano passado e que, por ocasião da Semana de Cidadania, a tendência é casar os dois temas e abordar de uma forma mais ampla. A assessora informou que essa atividade foi a primeira do ano, porém haverá outras.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Índios isolados, trabalhadores em fuga: um encontro amazônico.
Índios isolados, trabalhadores em fuga: um encontro amazônico
Os seis trabalhadores da construção civil estavam perdidos em meio à floresta amazônica, no norte de Rondônia. Algumas horas antes, eles tinham corrido mato a dentro para fugir do caos que tomara o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, onde a Polícia Militar reprimia o movimento grevista, em 2011. Depois de andar cerca de seis quilômetros, o grupo tentava encontrar o caminho de volta à obra, ou a estrada, ou qualquer sinal de urbanidade. Sem sucesso.
Ao invés disso, foram encontrados.
Sem perceber que estavam sendo cercados, os trabalhadores uniformizados se viram rodeados por oito índios nus. Eles tinham o rosto e corpo pintados, flechas em punho e “murmuravam" palavras em uma língua que os trabalhadores não conheciam. Mas logo interpretaram o sentido: estavam rendidos.
Hoje, excepcionalmente, esse espaço não será dedicado a um retrato, mas a um encontro. Encontro que pode servir de pista para compor o retrato dos povos indígenas que habitam o nosso país e os quais temos tanta dificuldade de entender.
Assustados, os trabalhadores da usina se comportaram como prisioneiros dos índios. Seguiram seus passos e pararam quando eles sinalizaram. O coração disparava a cada vez que os índios se reuniam em círculo. Observaram a construção de uma espécie de churrasqueira com gravetos, onde um porco do mato foi assado. Disfarçando o mal estar, comeram cada pedaço de carne que lhes foi oferecido. À noite, um dos trabalhadores foi repreendido pelos colegas por espiar os seios da índia mais nova, a regra era olhar para o chão.
A madrugada avançou, alguns índios deitaram e adormeceram. Os trabalhadores ficaram alertas. Pela manhã, caminharam até chegar a um local onde se ouvia um barulho familiar. Os índios sinalizaram em direção ao som, disseram algumas frases que ninguém entendeu e foram embora. Os trabalhadores correram na direção indicada até que, exaustos, chegaram à rodovia federal BR 364.
Esse relato foi registrado pela historiadora Ivaneide Bandeira Cardozo, da ONG indigenista Kanindé, que entrevistou um dos trabalhadores na presença de um funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio). Ela acredita que os homens e mulheres descritos sejam parte de um grupo que a entidade e a Funai tentam rastrear há anos. “Pela descrição, parecem ser Kawahiba isolados”.
“Isolados” são os índios que não têm contato com a nossa sociedade, ou porque nunca cruzaram com um não-índio (casos cada vez mais raros) ou porque recusam o contato.
Na região que foi alagada pela usina de Jirau, havia rastros de um grupo isolado e nômade. A empresa repassou dinheiro para que a Funai mapeasse esses rastros. Depois de identificados, eles deveriam ganhar uma área de proteção. Mas o investimento não foi suficiente para encontrar ou proteger os índios.
Ao contrário, foram eles que encontraram e salvaram os funcionários da usina. “É difícil entender o que passou na cabeça dos índios quando viram os trabalhadores perdidos”, reflete Ivaneide. “Por que decidiram ajudar? Nunca vamos saber”.
O encontro ocorrido em 2011 é o reflexo oposto do desencontro que se deu na Câmara dos Deputados essa semana. Na terça dia 16, em uma cena inédita, os deputados federais correram pelo plenário como uma manada assustada. Fugiam de homens seminus, pintados de urucum e que balançavam seus chocalhos para protestar contra a mudança da lei que define como as terras indígenas são demarcadas.
Se o comportamento dos índios isolados e dos deputados deixa alguma pista, é que continuamos longe de entender os povos que habitam a nossa terra.
Quando retornaram à usina, os trabalhadores contaram sobre o encontro, mas o supervisor deu risada, chamando-os de mentirosos. Como se fosse impossível haver índios nas proximidades da obra, cravada no meio da floresta amazônica.
Para Ivaneide, a precisão dos detalhes é a maior evidência da veracidade da história. “Os trabalhadores eram de outros estados, uma pessoa sem convivência com indígenas não poderia saber tanto. Ele descreveu a pintura no peito, os traços no rosto dos homens, diferente das mulheres, a pena do gavião real, como tratavam a ponta das flechas. Até os detalhes de como montaram o moquém, que é onde assam a carne”. Segundo ela, o relato bate com hábitos comuns a etnias que vivem ou viveram na região, algumas consideradas extintas.
Existem 82 pistas de grupos indígenas isolados no Brasil, é a maior concentração de povos isolados do mundo. Em março desse ano, os funcionários da Funai fizeram uma carta aberta com um “pedido de socorro”. Nela, escrevem que não há equipe para proteger esses grupos, cujos territórios estão sendo invadidos pelas grandes obras, madeireiros e traficantes.
Como lidar com índios isolados é um dos temas mais complexos dentro da política indigenista. Talvez a pequena mensagem deixada pelo grupo que resgatou os trabalhadores e pelos que invadiram o congresso seja justamente sobre os nossos limites. Os índios tem um modo diferente de ser, nem sempre seremos capazes de entende-los. Talvez esses encontros sejam os momentos para refletir sobre os impactos das nossas escolhas. E fazer um esforço para, a partir dessa nova realidade, respeitar as escolhas deles.
JUVENTUDES
Fonte: Missionárias Servas do Espírito Santo - Jornal Vida Missionária, n.º 69, março abril e maio de 2013.
www.ssps.org.br
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quarta-feira, 17 de abril de 2013
Crianças órfãs do Haiti
QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS:
Eles precisam de mais AMOR, mais AMIGOS e mais "CURTIÇÕES"
para poderem comer e viver.
ADMIRÁVEL MUNDO MORTO !
Vejam este vídeo provocativo e que nos faz refletir muito sobre as nossas realidades cotidianas globais e locais:
YOUTUBE - http://www.youtube.com/watch?v=kV-F_u7XNj0&list=UUjg_KnkC7IxLQKsthO1iC4Q
YOUTUBE - http://www.youtube.com/watch?v=kV-F_u7XNj0&list=UUjg_KnkC7IxLQKsthO1iC4Q
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Semana Missionária - Pré Jornada - Paróquia Sto. Alberto Magno e Missionárias Servas do Espírito Santo !
Semana Missionária - Pré Jornada
Paróquia Sto. Alberto Magno e
Missionárias Servas do Espírito Santo !
Leonardo Boff fala sobre a Sustentabilidade na Reinvenção da Educação
Leonardo Boff fala sobre a Sustentabilidade na Reinvenção da Educação
O filósofo e teólogo Leonardo Boff é um dos grandes destaques da Educar 2013. Com o tema “Sustentabilidade na Reinvenção da Educação na Visão de Um Apaixonado Pelo Criador e Pela Criatura”, Boff irá abordar questões referentes ao meio ambiente a importância da humanidade zelar pelo seu planeta. Como esse debate pode e deve fazer parte da escola? Para responder essa e outras dúvidas conversamos com o palestrante, eu concedeu ENTREVISTA EXCLUSIVA para a equipe do evento. Confira!
Acesse o site do palestrante e conheça um pouco mais sobre suas obras e pensamentos!
www.leonardoboff.com
www.leonardoboff.com
Qual é a realidade da educação brasileira com relação ao debate sobre o meio ambiente dentro da escola? E qual é o incentivo que os alunos recebem para que tenham atitudes que prezem pela sustentabilidade?
Mais e mais as escolas estão despertando para temáticas ligadas à ecologia. A consciência geral na sociedade é muito insuficiente e mesmo no governo, que trata esta questão como uma externalidade, vale dizer, que pode ser sacrificado em nome do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do progresso imediato. É importante descolar o conceito de sustentabilidade daquele do desenvolvimento. Pois o tipo de desenvolvimento que temos supõe a dominação da natureza e a acumulação ilimitada. Isso é totalmente insustentável. Desenvolvimento sustentável significa atingir um crescimento econômico que seja amplamente compartilhado pela sociedade e que proteja os bens e serviços vitais do planeta. Sustentabilidade é permitir que todos os seres sejam vistos como tendo um valor em si, independentemente do uso humano, zelar para que continuem a existir e que possam ser passados às futuras gerações enriquecidos. A educação supõe transmitir um novo olhar para com a natureza e para com a Terra. Esta é mãe que nos dá tudo o que precisamos. Nossa missão é cuidar dela. Isso implica cuidar de seu sangue que é a água para que seja limpa, de sua pele que é a mancha verde, de sua respiração que é o ar que não pode ser poluído, dos solos onde vivem quintilhões de quintilhões de micro-organismos para que não sejam destruídos pelos agrotóxicos, etc.
Mais e mais as escolas estão despertando para temáticas ligadas à ecologia. A consciência geral na sociedade é muito insuficiente e mesmo no governo, que trata esta questão como uma externalidade, vale dizer, que pode ser sacrificado em nome do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do progresso imediato. É importante descolar o conceito de sustentabilidade daquele do desenvolvimento. Pois o tipo de desenvolvimento que temos supõe a dominação da natureza e a acumulação ilimitada. Isso é totalmente insustentável. Desenvolvimento sustentável significa atingir um crescimento econômico que seja amplamente compartilhado pela sociedade e que proteja os bens e serviços vitais do planeta. Sustentabilidade é permitir que todos os seres sejam vistos como tendo um valor em si, independentemente do uso humano, zelar para que continuem a existir e que possam ser passados às futuras gerações enriquecidos. A educação supõe transmitir um novo olhar para com a natureza e para com a Terra. Esta é mãe que nos dá tudo o que precisamos. Nossa missão é cuidar dela. Isso implica cuidar de seu sangue que é a água para que seja limpa, de sua pele que é a mancha verde, de sua respiração que é o ar que não pode ser poluído, dos solos onde vivem quintilhões de quintilhões de micro-organismos para que não sejam destruídos pelos agrotóxicos, etc.
O título de sua palestra afirma que a visão a ser apresentada sobre a “Sustentabilidade na Reinvenção da Educação” será a partir dos olhos de um “apaixonado pelo criador e pela criatura”. O senhor poderia explicar em outras palavras esta afirmação?
Ninguém se engaja pelas questões ecológicas que tem a ver com a vida, com a mãe Terra e com o futuro de nossa civilização se não for tomado pela paixão de amar, cuidar, proteger e defender essa herança sagrada que o universo ou Deus nos legaram. Não basta a razão. Ela é fria e calculista. Precisamos de coração e de afeto. Quer dizer, precisamos resgatar a razão cordial e sensível que é a sede dos valores, da ética e da espiritualidade. Ver em cada criatura a marca registrada de Deus, descobrir as mensagens que cada criatura nos quer transmitir, essa é a singularidade do ser humano, portador de consciência e de inteligência. Esta atitude de encantamento e de respeito diante de cada ser, por insignificante que possa parecer, é urgente hoje, pois maltratamos a natureza e tiramos mais dela do que ela pode repor. Esta estratégia é irresponsável e hostil à vida.
Ninguém se engaja pelas questões ecológicas que tem a ver com a vida, com a mãe Terra e com o futuro de nossa civilização se não for tomado pela paixão de amar, cuidar, proteger e defender essa herança sagrada que o universo ou Deus nos legaram. Não basta a razão. Ela é fria e calculista. Precisamos de coração e de afeto. Quer dizer, precisamos resgatar a razão cordial e sensível que é a sede dos valores, da ética e da espiritualidade. Ver em cada criatura a marca registrada de Deus, descobrir as mensagens que cada criatura nos quer transmitir, essa é a singularidade do ser humano, portador de consciência e de inteligência. Esta atitude de encantamento e de respeito diante de cada ser, por insignificante que possa parecer, é urgente hoje, pois maltratamos a natureza e tiramos mais dela do que ela pode repor. Esta estratégia é irresponsável e hostil à vida.
Os professores estão preparados para trabalhar com os alunos questões sobre sustentabilidade?
Ninguém está preparado porque no processo de formação dos docentes não havia ainda a preocupação ecológica. Ela surgiu mundialmente só a partir dos anos 70 quando se deu o primeiro alarme ecológico com a detectação dos limites da Terra que obrigava a propor limites ao crescimento. Hoje não temos alternativa: ou nos preparamos para um novo modo de habitar o planeta, convivendo com seus limites e com as possibilidades reduzidas dos ecossistemas ou então não teremos futuro. Já construímos uma máquina de morte que nos pode eliminar a todos e agravar profundamente o sistema-vida. Então importa que todos os saberes sejam ecologizados, quer dizer, deem a sua colaboração no sentido de limitar nosso consumismo, respeitar a capacidade de suporte dos ecossistemas e viver uma sobriedade compartilhada. Se respeitarmos a dinâmica na natureza, ela nos dará tudo o que precisamos. Mas precisamos escutar a natureza e conhecer seus mecanismos.
Ninguém está preparado porque no processo de formação dos docentes não havia ainda a preocupação ecológica. Ela surgiu mundialmente só a partir dos anos 70 quando se deu o primeiro alarme ecológico com a detectação dos limites da Terra que obrigava a propor limites ao crescimento. Hoje não temos alternativa: ou nos preparamos para um novo modo de habitar o planeta, convivendo com seus limites e com as possibilidades reduzidas dos ecossistemas ou então não teremos futuro. Já construímos uma máquina de morte que nos pode eliminar a todos e agravar profundamente o sistema-vida. Então importa que todos os saberes sejam ecologizados, quer dizer, deem a sua colaboração no sentido de limitar nosso consumismo, respeitar a capacidade de suporte dos ecossistemas e viver uma sobriedade compartilhada. Se respeitarmos a dinâmica na natureza, ela nos dará tudo o que precisamos. Mas precisamos escutar a natureza e conhecer seus mecanismos.
Qual o papel dos pais para que os jovens e as crianças tenham atitudes responsáveis com relação ao meio ambiente e que isto não seja apenas um incentivo da escola?
A família é fundamental para uma educação ecológica. Pois é na família que os filhos e filhas aprendem os hábitos de cuidar do lixo, da água, das plantas, de não queimar nada, de reduzir o consumo, de reusar e reciclar. Porém, mais do que tudo: é na família que se aprende a ter limites, tarefa principal dos pais. Precisamos hoje de limites na exploração da natureza, limites no consumo, limites nas relações sociais. Devemos buscar a justa medida em todas as coisas. A justa medida é o meio termo entre o mais e o menos, mas aquilo que nos satisfaz e deixa espaço para os outros. No fundo devemos aprender a ser responsáveis por tudo. Isto significa darmo-nos conta das consequências de nossos atos e de nossas palavras para que sejam construtivos e não destrutivos, para que favoreçam a continuidade da natureza, da vida e de nossa civilização. Se não tivermos responsabilidade poderemos conhecer os caminhos já percorridos pelos dinossauros que despareceram após uma grande catástrofe ecológica.
A família é fundamental para uma educação ecológica. Pois é na família que os filhos e filhas aprendem os hábitos de cuidar do lixo, da água, das plantas, de não queimar nada, de reduzir o consumo, de reusar e reciclar. Porém, mais do que tudo: é na família que se aprende a ter limites, tarefa principal dos pais. Precisamos hoje de limites na exploração da natureza, limites no consumo, limites nas relações sociais. Devemos buscar a justa medida em todas as coisas. A justa medida é o meio termo entre o mais e o menos, mas aquilo que nos satisfaz e deixa espaço para os outros. No fundo devemos aprender a ser responsáveis por tudo. Isto significa darmo-nos conta das consequências de nossos atos e de nossas palavras para que sejam construtivos e não destrutivos, para que favoreçam a continuidade da natureza, da vida e de nossa civilização. Se não tivermos responsabilidade poderemos conhecer os caminhos já percorridos pelos dinossauros que despareceram após uma grande catástrofe ecológica.
Como a tecnologia pode estar inserida neste contexto? E como ela pode ser utilizada como uma ferramenta que incentive a sustentabilidade?
Grande parte da tecnologia hoje não se orienta pela melhoria da vida, mas para o aumento dos lucros no mercado. Tudo virou commodities, tudo virou mercadoria com a qual se pode fazer dinheiro. 70% da tecnologia atual é tecnologia para fins militares. Podemos destruir toda a vida na Terra por 25 formas diferentes. Então devemos perder o fascínio pela tecnologia. Ela pode ser a grande arma de destruição coletiva. Mas ela pode nos ajudar a curar as chagas da Terra, prolongar a vida humana, tornar mais leve o fardo da existência e facilitar a comunicação entre todos. Mas ela nunca substitui a pessoa humana. Um computador ou um Ipad não estende um braço virtual e nos enxuga uma lágrima ou nos coloca a mão ao ombro para nos dar força. O ser humano solidário e amigo de outro ser humano pode. Hoje, foram desenvolvidas tecnologias que agridem menos a natureza e assim favorecem uma perspectiva ecológica. Mas o que precisamos mesmo não é de novas tecnologias, mas um novo paradigma, vale dizer, uma forma nova de nos relacionar com a Terra e a natureza de tal modo que entremos em sinergia com elas. E aí sim usaremos as tecnologias que nos ajudarão na preservação dos bens e serviços escassos da Terra.
Grande parte da tecnologia hoje não se orienta pela melhoria da vida, mas para o aumento dos lucros no mercado. Tudo virou commodities, tudo virou mercadoria com a qual se pode fazer dinheiro. 70% da tecnologia atual é tecnologia para fins militares. Podemos destruir toda a vida na Terra por 25 formas diferentes. Então devemos perder o fascínio pela tecnologia. Ela pode ser a grande arma de destruição coletiva. Mas ela pode nos ajudar a curar as chagas da Terra, prolongar a vida humana, tornar mais leve o fardo da existência e facilitar a comunicação entre todos. Mas ela nunca substitui a pessoa humana. Um computador ou um Ipad não estende um braço virtual e nos enxuga uma lágrima ou nos coloca a mão ao ombro para nos dar força. O ser humano solidário e amigo de outro ser humano pode. Hoje, foram desenvolvidas tecnologias que agridem menos a natureza e assim favorecem uma perspectiva ecológica. Mas o que precisamos mesmo não é de novas tecnologias, mas um novo paradigma, vale dizer, uma forma nova de nos relacionar com a Terra e a natureza de tal modo que entremos em sinergia com elas. E aí sim usaremos as tecnologias que nos ajudarão na preservação dos bens e serviços escassos da Terra.
Qual a importância em levar este debate para um grande evento, como a Educar?
Hoje encostamos nos limites da Terra. O aquecimento global é a forma como a Terra, superorganismo vivo (chamado Gaia) revela seu estado doentio. Daí se entende os eventos extremos de secas e enchentes, nevascas de grande magnitude e tufões devastadores. O próprio Governo americano, que sempre relutava em aceitar esse fenômeno porque atrapalhava os negócios das grandes corporações, hoje trata o aquecimento global como uma questão de segurança nacional. A educação deve introduzir os estudantes para essa nova fase da Terra e da humanidade. Se nada fizermos poderemos chegar tarde demais e seguir um caminho que nos conduz a um abismo sem volta. Não dá para seguir com uma educação alienada da situação global da Terra e da vida. Não seria responsável e nem estaria à altura dos desafios atuais. Agora não temos uma arca de Noé que salve alguns e deixa perecer os demais. Ou nos salvamos todos ou pereceremos todos. Por isso a importância dos valores do cuidado, do respeito pela vida, da responsabilidade por tudo o que fazemos em termos dos bens essenciais à vida, como água, fibras, solos, ar, alimentos etc. Esse debate deve ser levado aos estudantes para que sejam ativos e não passivos diante da gravidade da situação geral do planeta.
Hoje encostamos nos limites da Terra. O aquecimento global é a forma como a Terra, superorganismo vivo (chamado Gaia) revela seu estado doentio. Daí se entende os eventos extremos de secas e enchentes, nevascas de grande magnitude e tufões devastadores. O próprio Governo americano, que sempre relutava em aceitar esse fenômeno porque atrapalhava os negócios das grandes corporações, hoje trata o aquecimento global como uma questão de segurança nacional. A educação deve introduzir os estudantes para essa nova fase da Terra e da humanidade. Se nada fizermos poderemos chegar tarde demais e seguir um caminho que nos conduz a um abismo sem volta. Não dá para seguir com uma educação alienada da situação global da Terra e da vida. Não seria responsável e nem estaria à altura dos desafios atuais. Agora não temos uma arca de Noé que salve alguns e deixa perecer os demais. Ou nos salvamos todos ou pereceremos todos. Por isso a importância dos valores do cuidado, do respeito pela vida, da responsabilidade por tudo o que fazemos em termos dos bens essenciais à vida, como água, fibras, solos, ar, alimentos etc. Esse debate deve ser levado aos estudantes para que sejam ativos e não passivos diante da gravidade da situação geral do planeta.
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL !
Em debate a redução da maioridade penal
O texto abaixo é de Raimundo Justino. Foi publicado no grupoFaces da Escola, do Facebook. Num momento em que um fato e a mídia nos leva a sermos tomados pelo sentimento, pela fúria, pelo desejo de vingança, o texto nos leva a parar e refletir sobre a questão da redução da maioridade penal.
De maneira bastante concisa, mostra as razões pelas quais ele se posiciona contrário à redução da maioridade penal, mas indica a leitura de um texto um pouco mais longo que, de maneira imparcial, colocando os dois lados da “moeda”, nos faz refletir sobre tema. O texto indicado pelo Raimundo mostra que já existe pena para casos extremos, além dos três anos de reclusão em instituições para reeducação de crianças e adolescentes que se envolvem em delitos.
A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA
Mais uma vez a ideia da redução da maioridade penal explode na mídia. E mais uma vez ela é exposta de forma superficial e tendenciosa.
O caso-símbolo agora ocorreu no bairro do Belém. Um jovem de 19 anos é abordado antes de entrar em seu condomínio, por um outro jovem - não, é um "menor", não é um jovem.
A vítima reage, e aqui está o primeiro nó: quase todos os jornais noticiaram que tratara-se de uma "execução", ou seja, o rapaz abordado foi morto MESMO entregando o celular. Isto não é verdade. Por algum motivo, seja lá qual for, ele reagiu. Girou de um lado pra outro e o disparo é feito nesse milésimo de segundo entre a entrega e a luta. Se não fixarmos isso não há como começarmos um debate sério a respeito da natureza do crime.
"Ah, então, você está justificando o que ele fez, quer dizer que não se deve reagir, deve-se ser morto sem se defender", etc...
Essas são frases clássicas que manipulam a discussão sobre violência, porque elas desqualificam um argumento tentando igualá-lo ao do criminoso.
Nada justifica um homicídio. Não admiro Gandhi e Mandela só por moda; creio realmente que violência gera violência. E ponto.
A morte de alguém nessas circunstâncias é dolorosa e medonha. E ponto
O problema é que em certos períodos, a imprensa promove uma enxurrada de notícias sobre casos "semelhantes" (não importa se há diferença entre um furto e um homicídio qualificado) cometido por "menores". Um sentimento "coletivo" toma conta dos telespectadores e dos ouvintes. Na Internet, o anonimato encoraja as pessoas a sugerir atos medievais, que nem mesmo os seriais killers mais refinados tiveram coragem de fazer.
Três dias depois da crime no Belém, a Rádio Bandeirantes faz uma reportagem ridícula. Descreve-se que um ladrão agira na região da Paulista e fora imobilizado pelos transeuntes. Não se explica o que ocorreu, mas 90% da matéria se prende em moralizar a questão: duas testemunhas comemoram o fato do ladrão ter sido espancado até quase morrer, e a apresentadora, Silvania Alves(salves@band.com.br), que receberá esse texto, emenda: "Não se deve fazer justiça com as próprias mãos, MAS a população tá cansada de ver impunidade, etc....". Datena, Bóris Casoy e Marcelo Rezende recorrem a esse tipo de frase com frequência.
Curioso é que o Grupo Bandeirantes, que lucra milhões por ano, promoveu o voto a favor das armas no plebiscito há alguns anos e veicula programas da mais baixa qualidade como Pânico, Polícia 24 horas e Mulheres Ricas...
E esse é o segundo nó da questão, afinal, quando falamos em "mudanças de lei", "menos impunidade" estamos nos referindo a medidas legais, que possam de fato colaborar para uma melhora ou estamos querendo apenas uma VINGANÇA COLETIVA? Sim, porque se espancar uma pessoa coletivamente irá aliviar nossa revolta, qual será então, a diferença entre nós e os monstros que cometem tais atrocidades? Se achamos que devemos colocar todos os bandidos em um paredão e atirar como falou na frente de todos os clientes meu cabelereiro - ele mesmo, um cara que já sofreu diversas formas de violência desde que migrou do Ceará pra cá - qual, será, então, a diferença de nossa postura para a de um homicida pego em flagrante?
"O que você sugere então, Raimundo?"
Bem, se a violência é uma doença social construída há muito tempo, obviamente a solução também será a longo prazo. Educação, emprego, diminuição das desigualdades, combate aos preconceitos, mudança dos parâmetros da Segurança Pública, etc... tudo aquilo que sabemos que é certo, e não fazemos. Aliás, VOCÊ, que defende a redução da maioridade, já esteve em algum movimento, protesto, grupo que pense em ao menos uma das questões acima? Ou você só se mobiliza quando a dor da morte de alguém próximo bate na sua porta, quando as garras da violência te tocam pessoalmente e não somente pela TV? Balões brancos, nesse caso, só não estão vazios porque carregam a profunda tristeza que a perda de alguém nos provoca...
Mas não fugirei da pergunta. Em casos escabrosos (não sei se esse é um), no qual há flagrante, confissão, e indícios de alta periculosidade do criminoso, penso que já há brechas na lei que podem ser usadas, como no caso do Champinha (segue link de uma ótima matéria sobre o assunto -http:// revistapiaui.estadao.com.br/ edicao-56/ questoes-juridico-psiquiatricas /os-que-morrem-os-que-vivem). Reduzir a maioridade seria mais que um erro, seria uma farsa, um pano escuro cobrindo tudo o que é de fato gerador da violência nossa de cada dia.
(Fonte: prioridadeeducaçao.blogspot.com)
sexta-feira, 12 de abril de 2013
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Educação e redução da maioridade penal.
Manifestações sobre maioridade penal tomam Avenida Paulista
Movimentos que pedem a redução da maioridade penal e aqueles que lutam pela manutenção da Lei dividiram espaço na Avenida Paulista, no sábado (06/03), para marcar posição e divulgar suas propostas.
Pela manhã, nas imediações da Rua Augusta, em um ato organizado por mais de 50 entidades, foram distribuídos panfletos nos quais são apresentadas “18 razões para a não redução da maioridade penal”, no qual se lê que o movimento acredita que o envolvimento dos jovens com o crime está associado à precariedade dos serviços públicos.
Pela manhã, nas imediações da Rua Augusta, em um ato organizado por mais de 50 entidades, foram distribuídos panfletos nos quais são apresentadas “18 razões para a não redução da maioridade penal”, no qual se lê que o movimento acredita que o envolvimento dos jovens com o crime está associado à precariedade dos serviços públicos.
“Para diminuir a violência, ao invés de reduzir a maioridade penal, é preciso colocar em prática diversas políticas públicas em diferentes campos”, disse Thaís Chita, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), uma das organizadoras da atividade.
À tarde, no vão do Masp, o grupo que pede a redução da maioridade penal, munidos de faixas e fotos de vítimas da violência cometida por adolescentes, coletava assinaturas dos pedestres para solicitar a realização de um plebiscito sobre o tema.
“Uma pesquisa aponta que 84% da população apoia a redução da maioridade penal. Com esse ato, queremos aprovar um plebiscito”, afirmou Elizabeth Metynoski, mãe de Giorgio Renan, assassinado em 2002, quando tinha 10 anos, por um colega de escola, que tinha 14 anos.
Educação é a solução
Ambos os grupos defendem a melhoria da educação e do sistema penitenciário como forma de reduzir a violência.
“O sistema carcerário está precário. Ele precisa promover a ressocialização. Além disso, é preciso trabalhar a educação das crianças. Não podemos ter uma só proposta”, defende a deputada federal Keiko Ota (PSB/SP), autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 228/2012, que altera o art. 228 da Constituição Federal, reduzindo a idade prevista para imputabilidade penal para 16 anos.
“É preciso melhorar a qualidade da educação, ampliar o acesso e encontrar formas para reduzir a evasão escolar. Os índices de abandono escolar são maiores justamente entre os jovens negros, das classes menos favorecidas e moradores da periferia, justamente os que são mais envolvidos em delitos e sofrem com a ação de grupos de extermínio e o tráfico de drogas”, disse Celso dos Santos Junior, assessor da Pastoral da Juventude Estudantil do estado de São Paulo.
Para Rodrigo Medeiros, da ONG Ação Educativa, a discussão não está clara e a mídia trata o tema de forma superficial. “São utilizados casos isolados como se todos os adolescentes e jovens estivessem envolvidos com a violência e cometessem delitos. Mas, o número de adolescentes que cometem delitos não chega a 0,5% do total. Isso gera uma grande confusão que faz com que o tema seja tratado como caso de polícia. Na verdade é uma questão de políticas públicas de saúde, de educação, de cultura, esportes e lazer as quais os jovens já têm direito e não são cumpridas pelo Poder Público”, explicou.
(Fonte: prioridadeeducacao.blogspot.com)
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Reunião mensal do SEJUSP - Setor juventude da Arquidiocese de São Paulo; 06/04/13:
Foto: Lorenzo, Valesca, Vanessa, Vinicius (representando as MISSIONÁRIAS SERVAS DO ESPÍRITO SANTO) e a pequena Thábata, filha do Vinicius, da Fabrícia e MISSIONÁRIA MIRIM !
Agradecemos a todos pelo carinho e pela acolhida.
Projeto com jovens das Missionárias Servas do Espírito Santo
www.ssps.org.br
Foto: Lorenzo, Valesca, Vanessa, Vinicius (representando as MISSIONÁRIAS SERVAS DO ESPÍRITO SANTO) e a pequena Thábata, filha do Vinicius, da Fabrícia e MISSIONÁRIA MIRIM !
Agradecemos a todos pelo carinho e pela acolhida.
Projeto com jovens das Missionárias Servas do Espírito Santo
www.ssps.org.br
PARA REFLEXÃO...
O professor João é um homem de 70 anos de idade.
Ele é mais verdadeiramente JOVEM e VIVO do que muita gente que eu conheço. DENTRE OUTRAS COISAS, O QUE ABAIXO SEGUE VALE COMO TESTEMUNHO DE SER LIVRE PARA OPINAR, SEM PRECONCEITOS.
Segue abaixo uma reflexão que ele próprio publicou em seu perfil, no facebook.
Vamos ser livres para emitir nossas opiniões, de forma fundamentada, RESPEITOSA e sem preconceitos, pois estes podem vir de todos os lados, não só das formas mais comuns e convencionais que encontramos:
Segue abaixo minha manifestação LIVRE E RESPEITOSA diante do texto do professor João, que publiquei há pouco:
Ele é mais verdadeiramente JOVEM e VIVO do que muita gente que eu conheço. DENTRE OUTRAS COISAS, O QUE ABAIXO SEGUE VALE COMO TESTEMUNHO DE SER LIVRE PARA OPINAR, SEM PRECONCEITOS.
Segue abaixo uma reflexão que ele próprio publicou em seu perfil, no facebook.
Vamos ser livres para emitir nossas opiniões, de forma fundamentada, RESPEITOSA e sem preconceitos, pois estes podem vir de todos os lados, não só das formas mais comuns e convencionais que encontramos:
Segue abaixo minha manifestação LIVRE E RESPEITOSA diante do texto do professor João, que publiquei há pouco:
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